OVOS DE CARAMUJO








As fotos acima mostram ovos de caramujo de água doce (Pomacea sp) da família dos ampularídeos (Ampullaridae), encontrados em rios e lagoas da América do Sul. As cores dos ovos variam de rosa claro, vermelha ou amarelado, dependendo da espécie.
As cores são indicadas pela toxicidade (APOSEMATISMO OU COLORAÇÃO APOSEMÁTICA)  e assim manter distante os predadores, pois os ovos acabam ficando muito expostos agarrados em galhos ou plantas próximos às águas.

SISTEMA REPRODUTIVO FEMININO DAS AVES


OVIDUTO DA AVE DOMÉSTICA

Diferente dos mamíferos, deve-se considerar como oviduto da ave a parte do sistema genital que se estende desde o ovário até a cloaca.
Assim, se apresenta formado pelo:


  1. INFUNDÍBULO
  2. MAGNO
  3. ISTMO
  4. ÚTERO
  5. VAGINA

Observe no esquema abaixo estas estruturas mencionadas acima:


APARELHO REPRODUTOR FEMININO DAS AVES



FUNÇÃO E TEMPO DE FORMAÇÃO DO OVO

INFUNDÍBULO - Recepção do óvulo e fertilização - 15 minutos

  MAGNO - Secreção de albumina - 3 horas

  ISTMO - Secreção de membrana interna e externa da casca - 1 hora e 30 minutos

  ÚTERO - Produção da casca - 20 horas

  VAGINA E CLOACA - Transporte do ovo - 1 minuto


Foto: útero de galinha doméstica com presença de ovo formado no útero e várias gemas no ovário



Segundo Bahr e Johnson (1991) a regressão do oviduto direito é determinada pelo AMH (Hormônio Anti Molleriano) secretado pelo ovário e a maior riqueza de receptores para estrogênio no lado esquerdo suprime o efeito do AMH e permite o seu desenvolvimento.
O termo oviduto da ave deve ser entendido como a parte tubular que liga o ovário à cloaca, incluindo o infundíbulo, o magno, o istmo, o útero (ou glândula da casca) e a vagina.


OVÁRIO ESQUERDO

O ovário apresenta função celular e endócrina. Está firmemente aderido à parede corporal dorsal, colocado intimamente no pólo anterior do rim esquerdo.
O tamanho do ovário depende do estado funcional e tem normalmente cor amarelada com matizes rosados, forma arredondada e poligonal e apresenta-se lobulado e friável. Apresentam-se folículos com ovócitos. Os folículos sofrem influências do FSH e se desenvolvem produzindo estrogênnio e androgênio.
A ovogônia se desenvolve e o seu citoplasma torna-se rico em um vitelo amarelo (gema).
Uma vesícula germinativa encontra-se no interior da gema e sofre migração para a superfície quando então se aplaina e forma o disco germinativo.
Concluída a maturação do oócito, ocorre ovulação.
Os ovócitos das aves são os maiores do reino animal. Chega a 20 gramas na galinha (cerca de 40mm de diâmetro), sendo o record da Ave Elefante de Madagascar cujo ovo era de 37,5cm e volume total de 7,5 litros.
Embora a função hormonal não esteja bem esclarecida, sabe-se que os esteróides gonadais (estrogênio - progesterona - androgênios) são essenciais para o desenvolvimento e funcionamento do sistema reprodutivo das aves, além de outros hormônios não esteróides (catecolaminas - prostaglandinas, ativador do plasminogênio e inibina).

ESTROGÊNIO - síntese da gema pelo fígado, mobilização de cálcio ósseo para formação da casca do ovo. Principalmente produzido pelos folículos pequenos e pelos folículos pré-ovulatórios.

PROGESTERONA - secreção do albume e indução à onda de LH. Produzidos pelos folículos pré-ovulatórios.

ANDROGÊNIOS - características sexuais secundárias. Produzidos pelos folículos pré-ovulatórios.

Diferentemente dos mamíferos, a camada da granulosa é a fonte primária de produção de progesterona e pequena quantidade de androgênio, enquanto a teca produz androgênios e estradiol - 17 Beta.


OVULAÇÃO

Não se sabe ao certo se o estímulo desencadeante é hormonal ou neural, todavia sabe-se que a ovulação ocorre aproximadamente 6 horas após a onda de LH e cerca de 30 minutos (15 a 75 minutos) após a postura.
Normalmente a ovulação ocorre por rompimento do estigma (local menos vascularizado) sem qualquer sangramento e no local do folículo rompido não existe formação de corpo lúteo, como nos mamíferos. Ocorre a formação de uma alça de feedback positivo entre a produção de progesterona e LH que leva a um pico hormonal culminando na ovulação.
À medida que o folículo amadurece ocorre diminuição na produção de androgênio e estradiol - 17 Beta pela teca, e isto parece permitir que a granulosa sintetize quantidades frequentes de progesterona necessários para disparar a onda de LH e a ovulação.


FECUNDAÇÃO

É normal a ocorrência de polispermia com entrada de 2 ou 3 espermatozóides que formam pró-núcleos masculinos. Um dele se unirá com o pró-núcleo feminino e iniciará o desenvolvimento embrionário, e os demais sofrem a degeneração.


OVIPOSIÇÃO

Aproximadamente de 24 a 26 horas após a ovulação, o ovo já está formado no oviduto e a postura ocorre por contrações da parte do útero. A literatura tem demonstrado que essas contrações são determinadas pelas Prostaglandinas das séries E e F (PGF2-Alfa, PGE 1, PGE 2) além de hormônios hipotalâmico tais como a arginina-vasotocina. Também se observa que injeções de arginina-vasopressina e ocitocina desencadeiam contrações uterinas e postura subsequente. *O que "dispara" a postura quando o ovo está pronto para ser posto, é ainda desconhecido.
As aves de modo geral tendem a realizar a postura de um ou vários ovos, para então incubá-los. A domesticação das aves, entretanto, exerceu uma influência notável sobre este aspecto de forma que hoje se dispõe de galinhas "poedeiras" que não apresentam o "choco".

CICLO DE POSTURA - Número de dias em que a ave realiza a postura em relação àqueles que não faz. Pode ser regular ou irregular.

*Irregular - quando a galinha põe durante alguns dias seguidos, descansa um intervalo de tempo e retorna à postura.

TAXA DE POSTURA - Número de ovos produzidos durante um período de tempo determinado.

CHOCO

O choco das aves domésticas é caracterizado por alterações hormonais e comportamentais provavelmente determinado pela redução da fotossensibilidade hipotalâmica.

Mudanças hormonais
  • Aumento da Prolactina (relacionado com o hábito de deitar sobre os ovos)
  • Aumento da Tiroxina (relacionado com o crescimento de novas penas)
  • Redução da Progesterona e provavelmente do LH
Mudanças de comportamento
  • Cessação da postura e maior permanência no ninho
Mudanças anato-fisiológicas
  • Regressão do ovário e trato genital
  • Diminuição do peso do fígado
  • Anorexia
  • Hiperemia

FORMAÇÃO DO OVO NA GALINHA DOMÉSTICA

O oviduto esquerdo das aves mede cerca de 70 cm e se apresenta como um tubo convoluto de parede espessa, mucosa composta por vários tipos celulares (ciliadas, glandulares, uni ou multinucleadas), mucosa extremamente pregueada, ligando a cloaca à proximidade do ovário.
O ovo inicia a sua formação no ovário e vai se completando à medida que caminha nos diferentes compartimentos do oviduto. Aproximadamente 25 a 26 horas são necessários entre a liberação do oócito e a expulsão do ovo completo.
A produção anual de uma galinha doméstica gira em torno de 265 ovos de peso 58g. Esta produção estará na dependência de uma boa alimentação e de um plano de luz adequado.
A média de produção total de ovos durante toda a vida é variável, e pode chegar até 500 ovos na vida reprodutiva de uma galinha. Atualmente o tempo de manutenção de uma ave de produção em uma criação é de 52 semanas.

OVÁRIO

No ovário ocorre a formação da gema através da incorporação ao citoplasma do oócito de matéria prima, tais como: sais minerais, proteínas e lipídios. Estes últimos são oriundos do metabolismo hepático, e incorporados ao oócito através das células da granulosa.

A gema se forma em 3 fases distintas:



  • Fase embrionária - até o décimo quarto dia de incubação a ave já está com o ovário completamente formado e chega ao nascimento com uma população de oócitos em torno de 4.000.



  • Da fase embrionária de 8-10 dias antes da ovulação - é a fase de crescimento lento, onde as substâncias são incorporadas de forma lenta à gema.



  • De 8-10 dias antes da ovulação até a ovulação ocorrida - é a fase de crescimento rápido onde ocorre aumento da gema na ordem de 0,5 a 2,8g/dia.



  • INFUNDÍBULO

Apresenta uma mucosa pouco pregueada de epitélio simples, cilíndrico e caliciforme. É aglandular, exceto nas regiões posteriores, onde há transição gradual para o magno. Consiste de uma estrutura tubular de 4 a 10 cm, de parede fina, com região cônica, seguindo-se por outra tubular com pregas em espiral suave, sendo percorrido pelo ovo em formação em cerca de 15 minutos. É o ponto onde o espermatozóide penetra o ovo, pois após essa fase, a formação da albumina impede a fecundação.

FUNÇÕES:

  • Captar o oócito
  • Servir de sede para a fecundação
  • Lubrificar a mucosa para a passagem do ovo
  • Formar a camada calazífera ou calazas (proteínas mucinas retorcidas que mantêm a gema no centro do ovo
As calazas correspondem a dois espessamentos da clara retorcidos no sentido horário, compostas por albumina e deve sua origem a separação da mucina da capa interna da clara. Ela tem a função de manter a gema suspensa protegendo das influências mecânicas.


  • MAGNO

Também chamada de glândula albuminífera. A mucosa é muito pregueada e provida de epitélio estratificado com células caliciformes e cilíndricas ciliadas e glândulas tubulosas. Consiste de estrutura tubular, de parede mais espessa, com 20 a 48 cm de comprimento (é a parte mais longa), rico em glândulas tubulares dentro das pregas longitudinais da mucosa. O ovo em formação percorre o magno em cerca de 3 horas.

FUNÇÕES:

  • Formação da base do albume (+/- 16g)
  • Adição de mucina
  • Adição da maior parte do Na (sódio) + Ca (cálcio) ++ Mg (magnésio)

Acredita-se que a formação do albume esteja sob controle hormonal (hormônio estrogênicos, androgênicos e progesterônicos), mecânico e nervoso fazendo com que as células glandulares do magno secretem e depositem os extratos sobre a gema que no seu trajeto gira sobre seu eixo. A estimulação mecânica direta foi evidenciada experimentalmente, quando um objeto estranho na luz do órgão foi suficiente para estimular a secreção do albume.
O albume tem cerca de 30 proteínas diferentes entre elas: ovalbumina (54%) ovotransferrina (13%) ovomucóide (11%) lisozima (4%) além de globulina e a avidina (a ovalbumina contém todos os aminoácidos essenciais, a lisozima tem ação enzimática e a avidina liga-se a biotina). Alguns autores sugerem que algumas proteínas do albume apresentam atividade bactericida.

O ovo apresenta a gema em posição central e uma clara dividida em 4 capas distintas:



  • Densa interna - A primeira unida à gema (3%)
  • Fluida interna -  (21%)
  • Densa externa - (55%)
  • Fluida externa - (21%)



  • ISTMO

Secreta as membranas fibrosas e queratinosa da casca do ovo (membrana testácea). Adiciona proteínas ao albume e uma pequena quantidade de água. Apresenta um menor número de glândulas, luz estreita e mucosa com pequenas pregas.
Apresenta luz estreita e mucosa com pregas menores com menor número de glândulas. Tem comprimento de 4 a 12 cm, parede muito grossa, com pregas longitudinais e diâmetro reduzido. O ovo em formação percorre o istmo em cerca de 1 hora e 15 minutos. Secreta as membranas fibrosa e queratinosa que compõe a membrana testácea.

FUNÇÕES:


  • Formação da Membrana Testácea (membrana da casca do ovo constituída por ovoqueratina)
  • Adição de proteínas ao albume
  • Adição de uma pequena quantidade de água

Provido de partes da clara e das calazas, o ovo chega ao istmo donde se produz uma secreção filamentosa que coagula com rapidez. Esta contém uma grande quantidade de gluconato de cálcio e forma a membrana testácea, composta de dois folhetos que cobrem a clara e separadas no pólo maior do ovo formando uma câmara aérea.


  • ÚTERO
(Glândula da casca)

Apresenta parede, sendo mais fina que a do istmo, mas apresenta-se com forte musculatura, pregas longitudinais e transversais e glândulas tubulosas. Tem 4-12 cm de comprimento, todavia, é uma região expandida em forma de saco. O ovo em formação permanece cerca de 20 horas neste compartimento.

FUNÇÕES:


  • Adição de grande quantidade de água (chega a dobrar de peso)
  • Adição de vitaminas da maior parte do K+
  • Formação de uma matriz orgânica seguida de deposição de íons Ca++ formando a casca
  • Secreção de porfirinas que irão dar cor ao ovo
  • Formação da cutícula do ovo

COMPOSIÇÃO DA CASCA

  • 94% de Carbonato de Cálcio (CaCO 3)
  • 1,4% de Carbonato de Magnésio (MgCO 3)
  • 3% de Clicoproteínas, mucoproteínas, colágeno e mucopolissacarídeos
Segundo Hoffman e Volker (1969), no útero se forma a casca calcária em 5-6 horas. A mucosa do útero secreta uma massa turva, viscosa e impregnada de partículas "calizas". Esta massa se solidifica e consta de uma armação de substâncias orgânicas e inorgânicas. Na formação da casca estão envolvidos os estrógenos e hormônios tireoideanos.
O Ca++ pode ser manejado e remanejado no organismo da fêmea pela ação dos estrogênios e dos hormônios tireoideanos. Os estrogênios também favorecem o depósito de mproteínas. A cor é um atributo genético, e os pigmentos da casca são as porfirinas.
Quanto mais velha a ave, mais delgada será a casca do ovo.
Complicações que possam levar a um problema no equilíbrio ácido-base do sangue, podem gerar fraqueza na casca do ovo, tendo em vista a necessidade de íons bicarbonato na formação do ovo.
O útero além de formar a casca, tem a função de regular o conteúdo salino (sal) e aquoso (água) do ovo, assim como dotá-lo de pigmentos, embora seja sabido que estes pigmentos não tem origem no útero. A casca é protegida externamente por uma cutícula especial de natureza mucosa que seca rapidamente e confere ao ovo um certo brilho. Esta cutícula fecha os poros da casca (em torno de 7.600 poros). A secagem da cutícula é visível e dá a falsa impressão de endurecimento instantâneo da casca.
O formato do ovo, é o formato da luz uterina, mas podem surgir irregularidades ou deformações.


  • VAGINA

Tem comprimento de 4 a 12 cm, apresenta pregas longitudinais onde se deposita a maior parte dos espermatozóides após a cópula. É separada do útero pelo esfincter uterovaginal. Abriga as glândulas tubulares. O ovo neste nível está praticamente formado e percorre este segmento em poucos segundos.

FUNÇÕES:


  • Transporte do ovo para o meio externo
  • Retenção dos espermatozóides para futuras fecundações

*Os espermatozóides permanecem viáveis na galinha por 10 a 14 dias, enquanto que nas peruas, por cerca de 50 dias.



  • CLOACA

É um extremo dilatável e o ovo apenas estabelece contato com as paredes, pois a vagina se prolapsa no momento da postura evitando o contato do ovo com as dejeções. Este segmento não contribui em nada para a formação do ovo.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

COR DA GEMA
  • Devido a presença de pigmentos que se originam da alimentação (xantofilas, luteína, zeaxantina e carotina)

COR DA CASCA

  • A cor da casca é um atributo genético e podem ser observados as cores branca, vários tons de marrom, rosa, verde e azul.
  • As linhagens de posturas comerciais obtidas a partir de Leghorn produzem ovos de casca branca e as derivadas de Rhode Island Red, New Hampshire e Plimouth Rock produzem ovos de casca marrom.
  • Segundo Solomon (1997) os pigmentos da casca são descritos como porfirinas da casca ou ovoporifirinas e são compostos cíclicos formados por anéis pirrólicos. A maioria dos ovos com pigmento marrom ou preto contém protoporfirina e a extração química da cor das cascas dos ovos azuis e verdes mostrou presença de biliverdina e um quelato de Zinco biliverdina. Segundo este autor a origem desses pigmentos, não é conhecida, todavia parecem ter origem nas células do útero.
  • Segundo Burk (1996) nas aves que põem ovos uniformemente coloridos (castanhos, azuis ou verdes) estes são corados por pigmentos derivados dos eritrócitos (porfirinas) principalmente concentradas nas camadas superficiais da casca. Já os ovos manchados ou salpicados contém pigmentos concentrados na camada cuticular, e estes tem origem também dos eritrócitos.

CALORIAS DO OVO

  • Cerca de 95Kcal.
                                                  
BIBLIOGRAFIA

BAHR, J.M e JOHNSON, P.A. Reproduction in poltry

sábado, 26 de maio de 2012

MORTOS VIVOS NA SELVA


Esse é realmente um caso digno de um filme bizarro de terror e um concorrente de peso para a nosso conhecimento.
Você vai agora conhecer a história das formigas da espécie camponotus rufipes, natural de florestas tropicais existentes em países como o Brasil e a Tailândia, que tem vivido sob o horror do fungo capaz de controlar suas mentes e transformá-las em zumbis.
Diferente da maioria das obras de ficção, o fungo ophiocordyceps unilateralis não obriga os artrópodes "mortos-vivos" a errarem pela Terra alimentando-se do cérebro de seus companheiros de espécie.
Na realidade, em uma bizarra mostra das estratégias evolutivas arquitetadas pela natureza, antes de matar a formiga, o fungo a obriga a utilizar suas mandíbulas para se fixar nas folhas das plantas mais baixas - habitats com luminosidade, temperatura e umidade ideais para a sua proliferação.


Nas semanas seguintes, os corpos servem de alimento para os fungos - sem, no entanto, afetar suas mandíbulas ou exoesqueleto, mantendo o animal pendurado e protegido contra os outros microorganismos. Hastes irrompem da cabeça morta e liberam esporos no solo, onde podem infectar outras formigas. Esse sperigo pode ajudar a explicar por que as espécies da região costumam ter as copas das árvores como habitat natural.


Todavia, não há riscos desse processo nos levar a um "apocalipse zumbi". Na verdade, existem indícios da ação desse tipo de fungo que datam de milhões de anos atrás e nossas florestas (matas) nunca se transformaram em uma "zumbilândia" artrópode. Diferentemente do inexorável fim para o qual a maioria dos filmes de zumbi aponta, a "cura", não é apenas uma lenda e a própria natureza tem armas para combater a bizarra infecção.


Uma descoberta recente, publicada na revista PNAS e que contou com a participação de cientistas brasileiros, identificou um outro tipo de fungo que ataca justamente o  ophiocordyceps unilateralis, diminuindo drasticamente a viabilidade de seus esporos produzidos.
A descoberta pode ajudar a explicar como as colônias de formigas sobreviveram a esse terror oculto nas selvas (florestas) por tanto tempo.

FIQUE AGORA COM AS IMAGENS DA FORMIGA E O FUNGO ZUMBIFICANTE




Gostou? Isto é um Flagrante da Biologia do Ciclo da Vida!!!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

terça-feira, 22 de maio de 2012

22 DE MAIO DIA DA BIODIVERSIDADE



DIA MUNDIAL DA BIODIVERSIDADE

Biodiversidade ou diversidade biológica é o termo usado para indicar e quantificar a variedade de vida vegetal e animal no nosso planeta.
A variedade de gens, espécies e ecossistemas que conhecemos atualmente é fruto de bilhões de anos de contínua evolução, influenciada por processos naturais e, cada vez mais, pelas ações do homem, considerado principal ameaça direta e indireta à biodiversidade. Por isso, temos uma responsabilidade fundamental de garantir a harmonia dos ecossistemas, através de atitudes responsáveis e ecologicamente conscientes.
A biodiversidade é dividida em três principais níveis:
  • Gens
  • Espécies
  • Ecossistemas
A biodiversidade dos gens engloba as características visíveis (morfológicas) de uma determinada espécie, como: a cor do cabelo, dos olhos ou da pele. As diferentes raças de gatos é um exemplo da biodiversidade das espécies.
Um desequilíbrio da biodiversidade causa consequências negativas na nossa vida cotidiana, tais como: os fenômenos naturais extremos (enchentes, furacões...), escassez e matérias primas, mudanças climáticas, aquecimento global, etc.
Um dos principais problemas críticos do século XXI, é a extinção de espécies animais. O ritmo de desaparecimento é em crescimento (50/100 vezes superior ao nível considerado natural). Cerca de 34.000 espécies de plantas e 5.200 espécies de animais estão enfrentando o processo de extinção.
A principal espécie animal em desaparecimento é a dos pássaros. Com certeza, estamos apagando o0 banco de dados da natureza a uma velocidade inacreditavelmente dramática.
O Brasil é considerado o país de maior DIVERSIDADADE BIOLÓGICA do planeta. 
Eis algumas razões, que comprometem a sua biodiversidade:
  • Caça predatória ilegal,
  • Biopirataria (saída ilegal de material genético),
  • Saída ilegal de subprodutos de plantas e animais (para pesquisa sobre novos medicamentos e cosméticos no exterior, sem o pagamento de patentes,
  • Destruição dos ecossistemas para loteamento,
  • Poluição de rios,
  • Queimadas e a derrubada das florestas
                                                    
É vital desenvolver atitudes conscientes e responsáveis, para que a diversidade biológica seja protegida. Uma delas tem sido a certificação obrigatória para os produtos originários, por exemplo,  da floresta Amazônica, através de um programa de manejo sustentável e de um selo de segurança (atestado comprovado que o produto adquirido está dentro da legalidade e sua extração foi realizada sem agressões ao meio ambiente).
Os consumidores podem fazer sua parte, exigindo o selo sempre que adquirir uma peça de madeira, afinal tanto as empresas quanto os consumidores saem ganhando. Para os consumidores, a certeza de que não agrediu o meio ambiente, apoiando a conservação da biodiversidade. As árvores extraídas estão sujeitas ao replantio, contribuindo para a manutenção de florestas e ajudando a evitar um maior aquecimento global. Para a empresa um valor agregado maior do produto através de um conceito "VERDE" para um mundo melhor.
Tal data não deve ser apenas do interesse dos círculos dos especialistas: (ornitólogos, zoologistas, botânicos, ecologistas, biólogos etc...) ou dos amantes da natureza, mas sim, de todos os habitantes da Terra, conscientizando-se da importância da interdependência entre a proteção do clima e das espécies, sobre as consequências econômicas que a destruição da biodiversidade pode gerar, principalmente, para as futuras gerações.

FAÇA A SUA PARTE...


quarta-feira, 9 de maio de 2012

SÍMBOLO FEMININO E MASCULINO

SÍMBOLO DO SEXO  FEMININO (ROSA)
SÍMBOLO DO SEXO MASCULINO (AZUL)


O símbolo de Vênus, também referido para o gênero feminino em biologia, remete à deusa Vênus, deusa do amor e da beleza na mitologia romana, equivalente à Afrodite na mitologia grega.
É uma representação simbólica do espelho na mão da deusa Vênus, ou um símbolo abstrato para esta deusa: um círculo com uma pequena cruz equilateral embaixo (Unicode).
O símbolo de Vênus também representa na antiga alquimia o cobre. os alquimistas compunham o símbolo com um círculo, representativo do espírito, sobre uma cruz equilateral, que representa a matéria.

O símbolo de Marte (Unicode) o símbolo do planeta Marte e do deus Marte, deus da guerra que simboliza a masculinidade, faz parte da mitologia romana e é o equivalente a Ares na mitologia grega. Também é o símbolo usado na biologia para o gênero masculino. É o símbolo usado na alquimia para o ferro. Este símbolo é interpretado como a lança e o escudo do deus da guerra Marte/Ares.

SISTEMA CIRCULATÓRIO DOS VERTEBRADOS

CIRCULAÇÃO DAS AVES E MAMÍFEROS



Assim como o coração das aves, o coração dos mamíferos apresenta quatro cavidades. A circulação dos mamíferos é fechada, dupla e completa, sem que haja mistura de sangue venoso com arterial. A eficiência na circulação do sangue favorece a homeotermia corporal.
Tal como as aves, os mamíferos são endotérmicos ou homeotérmicos, o que lhes permite permanecer ativos mesmo a temperaturas muito elevadas ou muito baixas. Este fato justifica a sua larga distribuição em todos os tipos de habitats, mais vasta que qualquer outro animal (exceto as aves).

Nas aves é a existência de um coração totalmente dividido em quatro cavidades: dois ventrículos e dois átrios. Não ocorre mistura de sangues. A metade direita (átrio e ventrículos direitos) trabalha exclusivamente com sangue pobre em oxigênio, encaminhando-se aos pulmões para oxigenação. A metade esquerda trabalha apenas com o sangue rico em oxigênio. O ventrículo de parede musculosa, bombeia o sangue para a artéria aorta. Assim, a todo momento, os tecidos recebem sangue ricamente oxigenado, o que garante a manutenção constantes de altas taxas metabólicas. Esse fato, associado aos mecanismos de regulação térmica, favorece a sobrevivência em qualquer tipo de ambiente. A circulação é dupla e completa.
O sistema respiratório também contribui para a manutenção da homeotermia. Embora os pulmões sejam pequenos, existem sacos aéreos, ramificações pulmonares membranosas que penetram por entre algumas víceras e mesmo no interior de cavidades de ossos longos.
a movimentação constante de ar dos pulmões permite um suprimento renovado de oxigênio para os tecidos, o que contribuiu para a manutenção de elevadas taxas metabólicas.


CIRCULAÇÃO DOS RÉPTEIS


Como nos anfíbios, o coração dos répteis apresenta três cavidades: um átrio ou aurículas e um ventrículo. O coração dos répteis crocodilianos apresenta quatro cavidades; dois átrios e dois ventrículos (como o das aves e dos mamíferos). No entanto, mesmo nos crocodilianos observa-se mistura dos dois tipos de sangue (venoso e arterial) que passam pelo coração, embora em proporção menor do que nos anfíbios.
Assim, podemos considerar a circulação dos répteis dupla e incompleta. Em função disso, os animais desse grupo são pecilodérmicos, isto é, adapta a temperatura do corpo a temperatura do ambiente.
No ambiente terrestre, as variações de temperaturas são maiores do que no ambiente aquático. Para manter a temperatura do corpo próximo a do ambiente, os répteis costumam recorrer a fontes externas de calor, como o sol ou a superfície quente de uma rocha. é comum ver répteis expostos ao sol durante o dia. O termo "lagartear" é empregado as pessoas que preguiçosamente se deitam ao sol, a maneira dos lagartos. O termo usado em Zoologia para os répteis que ficam expostos ao sol durante um determinado tempo do dia chama-se Termorregulação.
Quando os répteis sentem-se muito aquecidos, geralmente procuram locais de sombra. Com esse comportamento mantêm a temperatura do corpo praticamente constante em torno dos 37 graus.
Muitas espécies de cobras e lagartos são úteis ao ser humano, pois caçam roedores e outros animais que prejudicam a agricultura e causam doenças ao homem. Entre as cobras porém, há espécies cujo veneno pode ser letal, causando a morte de um grande número de pessoas.
No Brasil, as cobras venenosas podem ser reconhecidas geralmente, pela presença de um pequeno orifício situado entre a narina e a boca: a Fosseta Loreal, um órgão sensorial sensível ao calor. Com ele estas cobras detectam a presença de animais de "sangue quente" (aves e mamíferos), suas presas preferidas. a fosseta loreal está ausente na coral verdadeira, apesar de ser venenosa.

CIRCULAÇÃO DOS ANFÍBIOS


O sistema circulatório dos anfíbios é fechado, dupla e incompleta, porque no coração há mistura parcial de sangue. H´[a mistura parcial porque as duas aurículas não se contraem ao mesmo tempo. O sangue venoso é o primeiro a ser bombeado.
Comecemos com o trajeto do sangue venoso vindo dos diferentes órgãos do anfíbio.
Este segue para a aurícula direita e é impulsionado pelo único ventrículo para o cone arterial que tem uma prega helicoidal que o encaminha para uma artéria pulmonar e depois para os pulmões.
Depois, o sangue oxigenado, vindo dos pulmões, chega a aurícula esquerda pelas veias pulmonares e é impulsionado pelo ventrículo para os diferentes órgãos através da aorta.

CIRCULAÇÃO DOS PEIXES


O sistema circulatório dos peixes é essencialmente um sistema simples, em que o sangue não oxigenado passa pelo coração. Daí ele é bombeado para as brânquias, oxigenado e então, distribuído para o corpo.
O coração possui quatro câmaras, mas somente duas delas (átrio e ventrículo) correspondem às quatro câmaras (átrios pares e ventrículos pares) dos vertebrados superiores. A primeira câmara  do coração de um peixe, ou câmara receptora, é chamado de seio venoso. Tem uma parede fina como a câmara seguinte, o átrio, para qual o sangue passa. Do átrio, o sangue passa para o ventrículo que tem paredes espessas, e é bombeado para fora, passando do cone arterioso para a aorta ventral. O sangue da aorta ventral vai para a região branquial para ser oxigenado, passando pelos vasos branquiais aferentes, depois disso sai das brânquias.
Através das alças coletoras eferentes e vai para a aorta dorsal. O sistema venoso é constituído pela veia cardinal comum, que entra no seio venoso de cada lado do corpo do peixe, sendo constituída pela fusão das cardinais anteriores e posteriores. O sangue da cabeça é coletado pelas cardinais anteriores e o sangue dos rins e das gônadas é coletado pelas cardinais posteriores. As veias abdominais laterais pares, que recebem o sangue da parede do corpo e dos apêndices pares, também entram nas veias cardinais comuns.



TERMOS BIO-CIRCULATÓRIOS

SANGUE ARTERIAL - é o sangue rico em oxigênio.

SANGUE VENOSO - é o sangue rico em gás carbônico.

ARTÉRIA - são vasos sanguíneos que carregam sangue a partir dos ventrículos do coração para todas as partes do corpo.

VEIA - é um vaso sanguíneo que leva sangue em direção ao coração.

AORTA - é o nome dado à maior e mais importante artéria do sistema circulatório do corpo humano, e dela se derivam todas as outras artérias do organismo.

ÁTRIO DIREITO OU AURÍCULA DIREITA - é a cavidade do coração que recebe o sangue venoso (pobre em oxigênio), proveniente da veia cava inferior e a veia cava superior. Deságua no ventrículo direito, de quem é separada pela valva tricúspide. No átrio direito encontram-se duas estruturas importantíssima para o automatismo cardíaco: o nó sinusal e o nodo atrioventricular. O nó sinusal situa-se próximo à desembocadura da veia cava superior, enquanto que o nodo (AV) está próximo da valva tricúspide.

ÁTRIO ESQUERDO OU AURÍCULA ESQUERDA - é a cavidade do coração que recebe o sangue arterial (rico em oxigênio) proveniente das veias pulmonares. Deságua no ventrículo esquerdo, do qual é separado pela valva mitral.

VENTRÍCULO DIREITO - é a cavidade do coração responsável pelo bombeamento do sangue na circulação pulmonar. Recebe o sangue venoso do átrio direito. Deságua no tronco da artéria pulmonar, de quem é separado pela valva pulmonar.

VENTRÍCULO ESQUERDO - do coração humano, fica abaixo do átrio esquerdo. Entre eles fica a valva mitral, somente com duas cúspides. No ventrículo esquerdo existem também as cordas tendíneas e os músculos papilares. Deságua na aorta, de quem é separado pela valva aórtica.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

3 DE MAIO DIA DO SOL



DIA INTERNACIONAL DO SOL

No dia 3 de maio comemora-se o Dia Internacional do Sol, com o objetivo de prestigiar a nossa principal fonte de vida, sendo a luz e o calor transmitidos pelo Sol fundamentais para a vida na Terra.
Este dia tem sido celebrado ao longo dos últimos anos pela NASA (The Sun-Earth Day).
No site a seguir poderemos interativamente observar vários tópicos interessantes e onde se pode ver bem de perto em tempo real imagens do sol. http://sunearthday.gsfc.nasa.gov. Neste sítio da internet podemos também descobrir mais sobre o sol e seus efeitos futuros sobre as nossas vidas.
Um dos principais objetivos deste dia, é ajudar os cientistas a compreender as interações entre o Sol e o ambiente da Terra, que vai definitivamente facilitá-los para prever a atividade e os movimentos do sol e por isso, as condições do clima espacial.
O sol (do latim sol, solis) é a estrela central do Sistema Solar e a luz e calor que emite é a principal fonte de energia da Terra. Esta energia do Sol que penetra na Terra na forma de luz solar é armazenada em glicose por organismos vivos através da fotossítese, processo do qual, direta ou indiretamente, dependem todos os seres vivos que habitam o nosso planeta.
Podemos então afirmar, que sem o Sol não existiria vida na Terra.







A luz solar é indispensável para a manutenção de vida na Terra, sendo responsável pela manutenção da água no estado líquido, condição indispensável para permitir vida como se conhece, e através de fotossíntese em determinados organismos (utilizando água e dióxido de carbono) produz o oxigênio (O2) necessário para a manutenção da vida nos organismos dependentes deste elemento e compostos orgânicos mais complexos como (glucose) que são utilizados por tais organismos, bem como outros que alimentam-se dos primeiros.
A energia solar também pode ser capturada através d células solares, para a produção de eletricidade ou efetuar outras tarefas úteis como o (aquecimento).
Mesmo combustíveis fósseis tais como o petróleo, foram produzidos via luz solar - a energia existente nestes combustíveis foi originalmente convertida de energia solar via fotossíntese há bilhões de anos.
A distância da Terra ao Sol é de cerca de 150 milhões de quilômetros, ou 1 unidade astronômica (UA). A luz solar demora aproximadamente 8 minutos e 18 segundos para chegar à Terra.
A energia do Sol também é responsável pelos fenômenos meteorológicos e o clima na Terra. A distância entre a Terra e o Sol é por isso um fator fundamental, pois permite criar um ambiente de temperatura e luminosidade adequado para a manutenção da vida. Nenhum outro planeta do Sistema solar, com exceção de Marte, possui as condições ideais de vida semelhante às da Terra.





ESTRUTURA SOLAR



  1. NÚCLEO
  2. ZONA DE RADIAÇÃO
  3. ZONA DE CONVECÇÃO
  4. FOTOSFERA
  5. CROMOSFERA
  6. COROA
  7. MANCHA SOLAR
  8. GRÂNULOS
  9. PROEMINÊNCIA SOLAR

O nosso astro Sol, é envolvido por inúmeros fenômenos, e o mais famoso e misterioso deles é o seu eclipse. Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa na frente do Sol e da Terra, cobrindo totalmente ou parcialmente o Sol. 
Estes eventos podem ocorrer apenas durante a Lua Nova, onde o Sol e a Lua estão em conjunção, como visto da Terra. Entre dois a cinco eclipses solares ocorrem por ano na Terra, com o número de eclipses totais do Sol variando entre zero e dois.
Eclipses totais do Sol são raras em uma localização qualquer na Terra devido que cada eclipse total existe apenas em um estreito corredor na área relativamente pequena da penumbra da Lua.









E para finalizar esta comemoração tão importante sobre o "Dia Mundial do Sol" essa fonte de energia ímpar para a vida de todos em nosso planeta, assistam a esse vídeo falando sobre "A Vida do Sol"





FOTOS DO SOL TIRADAS BY ANDERSON GRAPIÚNA
SOL VISTO DO ARPOADOR - RIO DE JANEIRO

SOL VISTO DO MACIÇO DA URCA - RIO DE JANEIRO
SOL VISTO DA PRAIA DE SÃO MIGUEL,  ILHÉUS - BAHIA
SOL VISTO DA ILHA DE PAQUETÁ - RIO DE JANEIRO

      
 LEITURAS ADICIONAIS: