JACA

FRUTA JACA
ÁRVORE JAQUEIRA

A jaca é o fruto da jaqueira, árvore tropical trazida da Índia para o Brasil no século XVIII. É uma árvore que chega a 20 metros de altura e seu tronco (caule) tem mais de 1 metro de diâmetro. É cultivada em toda a região Amazônica e toda a costa tropical brasileira, do Pará ao Rio de Janeiro.

A fruta nasce no tronco e nos galhos inferiores da jaqueira e são formados por gomos, sendo que cada um contém uma grande semente recoberta por uma polpa cremosa. Apresenta cor amarelada e superfície áspera, quando madura.
As variedades mais cultivadas da jaqueira são:
  • jaca dura
  • jaca mole
  • jaca manteiga
O fruto chega a pesar até 15 Kg. É rico em carboidratos, minerais como o cálcio, fósforo, iodo,cobre e ferro. Contém vitaminas A, C e do Complexo B.
Pode ser consumida in natura, cozida, na preparação de doces e geléias caseiras. As sementes sem pele e cozidas também podem ser consumidas como tira-gosto. A polpa da fruta é utilizado na preparação de sucos, geléias e doces.
Essas fotos da jaqueira foram fotografados em plena  Mata Atlântica do Sul da Bahia, onde comi alguns "bagos" assim chamado pelas pessoas do local, que nada mais é que a parte suculenta, onde se encontra o "caroço", semente da fruta.

REINO FUNGI


Em biologia Micologia ou Micetologia, é a ciência que estuda os fungos. Micologia vem do grego "Mikes" = cogumelo e logos = estudo (estudo do cogumelo).
Os micólogos (micologistas ou micetologistas) pesquisam taxonomia, sistemática, morfologia, fisiologia e bioquímica, utilidades, e os efeitos benéficos e maléficos das espécies de fungos que podem ser parasitassaprófitos ou decompositores.
Inicialmente exercida por botânicos, a Micologia atualmente detêm um status independente da Botânica, embora muitas instituições ainda abriguem pesquisadores de ambas as ciências em um mesmo departamento.
O padre Johannes Rick, que trabalhou no Rio Grande do Sul até 1946, é considerado o "Pai da Micologia Brasileira".



O REINO FUNGI

Abundantes em todo o mundo, a maioria dos fungos é inconspícua devido ao pequeno tamanho de suas estruturas, e pelos seus modos de vida crípticos, no solo, na matéria morta e como simbiontes ou parasitas de plantas, animais e outros fungos. O Reino Fungi é um grande grupo de organismos eucariotas (unicelulares ou pluricelulares) que inclui microorganismos tais como:

  • Leveduras
  • Bolores
  • Cogumelos


    Os fungos são classificados em um reino separado das plantas (botânica), animais (zoologia) e bactérias (bacteriologia).
    O corpo é formado por hifas (septadas ou cenocíticas). As células dos fungos apresentam paredes celulares que contém quitina, ao contrário das células vegetais que contém celulose e apresentam substâncias de reserva de glicogênio.
    São heterotróficos (não possuem capacidade de produzir glicose) e saprófagos (decompositores dos alimentos).
    Apresentam digestão extracelular, ou seja, liberam enzimas digestivas no meio ambiente, digerindo a matéria orgânica e absorvendo os nutrientes.



    A IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS

    Os fungos podem provocar a decomposição de restos de animais e vegetais. Eles agem como decompositores nos diversos ambientes.
    Ao degradarem restos de organismos, deixam no solo muitos nutrientes importantes para o crescimento dos vegetais.
    As leveduras são usadas na produção de bebidas alcoólicas como a cachaça, a cerveja e o vinho. As leveduras ajudam também no crescimento do pão, deixando-os mais fofo.
    Desde a década de 1940, os fungos são usados na produção de antibióticos e mais recentemente, várias enzimas produzidas por fungos são usadas industrialmente e em detergentes.
    São usados também como agentes biológicos no controle de ervas daninhas e pragas agrícolas.



    ASCOMICETOS (Ascomycota)


    ORELHA DE PAU MARROM

    ORELHA DE PAU LARANJA


    Leveduras, morquelas, trufas e orelhas de pau são exemplos de fungos desse grupo. 
    O levedo de cerveja (Saccharomyces cerevisiae) é um fungo unicelular que transforma através da fermentação, o açúcar presente em alimentos em álcool e gás carbônico (Co2). Por isso é utilizado na produção de bebidas alcoólicas e também ajuda no crescimento e maciez dos pães.
    Os ascomicetos constituem a classe mais numerosa de fungos (cerca de 30.000 espécies). A característica principal é a presença de esporos chamados ascósporos que se desenvolvem no interior de hifas especiais denominadas ascos. Os ascos se formam dentro de pequenas bolsas ou sacos. São comuns os ascomicetos bem desenvolvidos e comestíveis. Entre os microscópicos destacamos o Penicillium notatum produtor da penicilina, os P. camembertii e P. roquefortii usados na fabricação dos queijos (camembert e roquefort) o Saccharommyces cerevisiae ou levedura de cerveja, usado na fabricação de cerveja, pão, cachaça etc...,  que provoca a fermentação alcoólica do açúcar. Arpergillus e Penicillium são ascomicetos relativamente comuns, encontradas em frutos apodrecidos, dando a cor azulada na laranja, limão etc, e que se reproduzem por conidiósporos.

                                                    
    QUEIJO P. CAMEMBERT (PASTA MOLE)

    QUEIJO P. ROQUEFORT (CREMOSO E ESFARELADO)
       

    ZIGOMICETOS (Zygomycota)


    PÃO COM BOLOR PRETO DO TIPO (Rhizopus Stolonifer)

    LARANJA COM MOFO OU BOLOR DO TIPO (Mucor racemosus)


    Os zigomicetos são fungos terrestres formados por hifas de paredes quitinosas. Alguns são parasitas, todavia a maioria são saprófagos, vivendo no solo e alimentando-se de matéria orgânica morta. Possuem esporos sem flagelos e na reprodução sexuada produzem zigósporos, ou seja, zigotos de parede espessa e resistente, podendo sobreviver em más condições ambientais.
    A espécie Rhizopus stolonifer é o conhecido "bolor negro" do pão que também são acometidos às frutas. Outra espécie bastante conhecida é o Mucor racemosus de aspecto branco esverdeado, muito comum nas frutas a exemplos da laranja, limão, lima etc.
    Todos os zigomicetos formam esporos em esporângios na reprodução assexuada, formando zigosporângios na reprodução sexuada.
    Estes fungos constituem um problema para a preservação dos alimentos antes de os antifúngicos serem rotineiramente adicionados aos alimentos armazenados.  

       
    BASIDIOMICETOS (Basidiomycota)


    ESPÉCIE DE COGUMELO 1

    ESPÉCIE DE COGUMELO 2

    ESPÉCIE DE COGUMELO 3
                                                 
                                     
     As fotos acima mostram a grande variedade de cogumelos aqui representados em uma pequena amostra de diferentes espécies.
    Os basidiomicetos são espécies de fungos que apresentam micélios constituídos por hifas dicarióticas formando o chamado corpo de frutificação. Geralmente os basidiomicetos possuem um micélio bem desenvolvido, formado por hifas septadas, cujas paredes contém quitina. As hifas formam não só o micélio, mas também todo o fungo, inclusive o "chapéu", sob o qual são produzidos os esporos. 
    No chapéu ou píleo do fungo são formados os esporos chamados basidiósporos que são espalhados pelo vento. Quando caem em ambiente favorável (úmido e rico em matéria orgânica) cada esporo germina formando uma hifa unicariótica. Quando as duas hifas se aproximam e as células do ápice se juntam-se formam uma célula dicariótica. É a partir desta célula que se origina o corpo de frutificação.
    Em muitas espécies, os basídios reúnem-se em corpos de frutificação com forma característica, o basidiocarpo (conhecido popularmente como cogumelo), onde os basídios constituem, juntamente com células estéreis, o himênio. Outras espécies não produzem o basidiocarpos e em muitas delas, o basídio sempre se desenvolve a partir de um esporo que germina, tendo como exemplo deste grupo a Amanita muscaria, um cogumelo venenoso.


    IDENTIFICANDO COGUMELO VENENOSO E COMESTÍVEL


    Entoloma sinuatum cogumelo muito venenoso

    Você conseguiria diferenciar um cogumelo venenoso de um comestível?
    Essa é uma pergunta muito difícil de responder. Como existem muitas espécies de cogumelos, mais ou menos em torno de 1,5 milhões e nenhuma característica física denuncia a presença de veneno ou substância alucinógena, é muito difícil e perigoso diferenciá-lo à presença de nossos olhos ("a olho nú").
    Para ainda piorar a situação, estima-se que nem 5% das espécies estejam classificadas na literatura biológica. Isso significa que nem um micologista (especialista em fungos) muito experiente pode nos dá uma certeza de que um cogumelo achado poderá ser comestível, ou venenoso.
    Para afirmar seguramente se uma espécie de cogumelo é comestível,  venenoso ou alucinógeno, é preciso realizar uma análise morfológica e bioquímica em laboratório. Isso porque, mesmo que ele se pareça muito com uma espécie comestível, é bom desconfiar, afinal um mesmo gênero poderá ter espécies ditas letais.


    TERMOS EM BIOLOGIA

    MICÉLIO - nome que se dá ao conjunto de hifas emaranhadas de um fungo.

    CRÍPTICO - ação ou efeito de se ocultar, esconder, estar oculto.

    SAPRÓFAGO - seres que se alimentam de restos de plantas e animais garantindo a decomposição e a reciclagem da matéria orgânica presente neles e possibilitando o reaproveitamento dessa matéria por outros seres vivos tendo como principais representantes (fungos e bactérias).  

    INCONSPÍCUO - difícil de perceber, que não se percebe de imediato.

    HETEROTROFISMO - nome dado à qualidade do ser vivo de não possuir a capacidade de produzir glicose a partir da fotossíntese (CO2 + H2O + ENERGIA LUMINOSA) resulta em (O2 + GLICOSE)  e por isso se alimenta de outros seres vivos autótrofos direta ou indiretamente. 

    AUTOTROFISMO - nome dado à qualidade do ser vivo de produzir seu próprio alimento a partir da fixação de dióxido de carbono, por meio de fotossíntese ou quimiossíntese. Os seres vivos com essa característica são chamados de autótrofos ou autotróficos.                                                                                                      

    ÁRVORE SAPUCAIA

    ÁRVORE DA SAPUCAIEIRA
    COPA DA SAPUCAIEIRA
    TRONCO OU CAULE DA SAPUCAIA
    CAULE LENHOSO DA SAPUCAIEIRA VISTO MAIS DE PERTO
    FRUTOS DA SAPUCAIEIRA
    NA COPA DA SAPUCAIEIRA EM UM DOS GALHOS ESTE FLAGRANTE DE DUAS CASAS DE JOÃO DE BARRO (AVE ENDÊMICA DO BRASIL)

    FRUTA SAPUCAIA FECHADA
    FRUTA SAPUCAIA ABERTA
    PARTE DE BAIXO DA SAPUCAIA
    ASPECTO DA FRUTA
    PARTE DE CIMA DA FRUTA ONDE SE ENCONTRA O "TALO"

    domingo, 21 de outubro de 2012

    quinta-feira, 18 de outubro de 2012

    UMA QUESTÃO DE OPILIÃO

      OPILIÃO MACHO CUIDANDO DOS OVOS | PARA ESSA ESPÉCIE CUIDAR DOS OVOS É TAMBÉM UMA FORMA DE SE PROTEGER DE PREDADORES 
    Foto: Gustavo Requena




    Ficar no ninho protegendo os ovos, enquanto a fêmea sai não é nenhum problema para os opiliões da espécie Iporangaia pustulosa.
    Na verdade esta é uma estratégia para fugir de predadores, e atair outras fêmeas para o ninho.
    O comportamento desse artrópode foi descrito em um artigo publicado na revista PLOS One, de autoria de Gustavo Requena, biólogo da Universidade de São Paulo.
    Os opiliões não são animais conhecidos do grande público como os seus primos aranha, escorpião e ácaro, e na maioria das vezes são confundidos com pequenas aranhas.
    Os opiliões são um dos 11 grupos de aracnídeos.

    Observe bem a foto abaixo a morfologia externa de uma das espécies de opilião.



    Existem mais de 6.300 espécies conhecidas. É um grupo diversificado, com espécies que vivem em áreas bastante restritas.
    Segundo pesquisa o Iporangaia pustulosa  foi encontrado em grande concentração em uma área de 5 por 200 metros, na Mata Atlântica do Sudeste Paulista, onde o biólogo Requena realizou suas pesquisas e concluiu: "Fora dessa área, a concentração de bichos fica pequena" 
    O Iporangaia pustulosa é robusto. Um adulto tem comprimento de                                      
    10 centímetros no total, com um corpo de cerca de 1,5 centímetros. Em sua morfologia externa os opiliões até que se parecem com as aranhas, tem o corpo pequeno em comparação com as longas pernas, entretanto guardam diferenças importantes: os opiliões não tem glândula de veneno, embora tenham glândulas que secretam substâncias que ajudam na sua proteção e reprodução. Ainda diferem das aranhas, que tem o corpo dividido em duas partes cefalotórax (prossoma) e abdômen (opistossoma), no caso do opilião o corpo funde essas duas porções em apenas uma. Observe mais uma vez o artrópode na foto acima. E ainda além de todas essas características, entre os invertebrados, os opiliões são caso raro de possuírem pênis.

                                                       
    Estratégia do macho

    Existem dois motivos para que um opilião enfrente o perigo da floresta: procurar fêmeas ou buscar comida.
    No caso da espécie Iporangaia pustulosa após a postura dos ovos, a fêmea vai em busca da própria sobrevivência, enquanto o macho faz o sacrifício de ficar semanas sem se alimentar, para proteger os ovos de predadores, que podem ser grilos, formigas, aranhas e até mesmo outros opiliões.
    O biólogo Requena explica que o maior risco na floresta está nos deslocamentos, já que os principais predadores do opilião adulto são as aranhas que ficam paradas aguardando a presa cair na armadilha. O biólogo relatou que a espécie tem atividades diurnas e esperava que fosse predada por pássaros, todavia ficou provado que é um fato raro. O biólogo observou que na região haviam poucas formigas. Ou seja no ninho, o opilião fica sem comer, mas também evita virar comida de outro bicho.
    Além de proteger contra ataques, cuidar dos ovos é uma estratégia de sedução entre os opiliões. Fêmeas interessadas em pôr os ovos e logo em seguida à postura, buscam parceiros que possam cuidar bem da prole. O opilião abandonado mantém então a "casa" em ordem na expectativa de atrair outras fêmeas. E a manobra funciona muito bem, eles podem se acasalar com várias fêmeas e podem ficar até 4 meses sem se alimentar.
    Os ovos demoram cerca de 1 mês para eclodir, e os filhotes rapidamente desaparecem na floresta.
    O biólogo Requena ainda resalta finalizando, que é difícil o macho passar mais de dois meses no mesmo ninho, eles ficam muito fracos, e é possível que em alguns casos abandonem os ovos para buscar comida.

    Pesquisa e observação realizada pelo biólogo Gustavo Requena pela Universidade de São Paulo (USP)

    segunda-feira, 15 de outubro de 2012

    FIM DO ESPETÁCULO???



    FOTO MOSTRANDO OBJETOS INGERIDOS PELA AVE, A MAIORIA PEDAÇOS DE PLÁSTICOS



    Este plástico é responsável pela morte de mais de 1.000.000 (um milhão) de aves marinhas todos os anos. Sem contar toda a outra fauna existente nessa área, como tartarugas marinhas, tubarões e centenas de espécies de peixes.
    E para piorar, essa "SOPA PLÁSTICA" pode funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes persistentes, ou seja, qualquer animal que se alimentar nestas regiões estará ingerindo altos índices de venenos, que podem ser introduzidos através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo,  na mais pura verdade de que o que fazemos à TERRA retorna a nós SERES HUMANOS.

    domingo, 14 de outubro de 2012

    TIPOS DE RESPIRAÇÃO



    Respiração é o processo fisiológico pela qual os organismos vivos inalam oxigênio (O2) do meio circundante e liberam dióxido de carbono (CO2).
    A seguir veremos os vários tipos de respiração entre os grupos de seres vivos.



    Respiração Celular (Célula)

    A respiração celular é um fenômeno que consiste basicamente no processo de extração de energia química acumuladas nas moléculas de substâncias orgânicas.
    Nesse processo, verifica-se a oxidação de compostos orgânicos de alto teor energético, como carboidratos e lipídios, para que possa ocorrer as diversas formas de trabalho celular.
    A organela responsável por essa respiração é a mitocôndria em paralelo com o aparelho ou complexo golgiense.

    Ela pode ser de dois tipos:


    • Respiração anaeróbica (sem a utilização do oxigênio também chamada de fermentação.
    • Respiração aeróbica (com a utilização do oxigênio)


      Nos organismos aeróbicos, a equação é simplificada da respiração celular e pode ser assim representada:

      C6H12O + 6O2 - > 6CO2 + 6H2O + energia (ATP)


      ESTRUTURAS DE UMA MITOCÔNDRIA



      Respiração Traqueal (Traqueia)

      Muitos artrópodes tem como sistema respiratório, um complexo de túbulos chamados de traquéias, que abrindo para o exterior, levam o ar até os órgãos onde circula a hemolinfa (sangue dos insetos) permitindo assim as trocas gasosas.
      As filotraquéias ou pulmões foliáceos são estruturas exclusivas dos aracnídeos existindo sempre aos pares.
      Cada pulmão foliáceo é uma invaginação (reentrância) da parede abdominal ventral, formando uma bolsa onde várias lamelas paralelas (lembrando as folhas de um livro entreaberto), altamente vascularizadas, realizam as trocas gasosas diretamente com o ar que entra por uma abertura do exoesqueleto.
      Em outras palavras, as traqueias formam um sistema de tubos aéreos, revestidos por quitina, que conduzem o ar diretamente aos tecidos do corpo. O fluxo do ar é regulado pela abertura e pelo fechamento de poros especiais situados no exoesqueleto denominados de estigmas.
      Este tipo de respiração existem em:


      • Insetos (gafanhoto, besouro, formiga etc)
      • Aracnídeos (aranha, escorpião, carrapato etc)
      • Miriápodes (lacraia e gongolo)


      ESQUEMA DA RESPIRAÇÃO TRAQUEAL NO GAFANHOTO
                                                       
         
      Respiração Cutânea (Pele)

      Os animais de respiração cutânea, como os batráquios (anfíbios) ou as minhocas (anelídeos), precisam ter o tegumento (epiderme ou pele) constantemente umedecido, uma vez que o oxigênio (O2) e o dióxido de carbono (CO2) só atravessam membranas quando dissolvidos.
      Portanto, esses organismos só podem viver em ambientes aquáticos ou em ambientes terrestres muito úmidos. Entre as células que formam a sua epiderme, há algumas especializadas na produção de muco. Esse muco espalha-se sobre o tegumento, mantendo-o úmido e possibilitando as trocas gasosas.


      ESQUEMA DA RESPIRAÇÃO CUTÂNEA NA MINHOCA
                                                      

      Respiração Branquial (Branquias)

      A respiração branquial é diferente dos outros tipos de respiração, porque o oxigênio encontra-se dissolvido na água. 
      Os peixes não fazem movimento de inspiração (inspirar) e expiração (expirar) como os animais pulmonados.
      Ocorre um fluxo constante e unidirecional de água que penetra pela boca, atinge os órgãos respiratórios e sai imediatamente pelo opérculo.
      A cada filamento chega uma artéria com sangue venoso que se ramifica pelas lamelas branquiais. Nesse local o sangue é oxigenado e deixa a estrutura por uma veia.
      As trocas gasosas entre o sangue e a água são facilitadas pela presença de um sistema contracorrente: fluxo de água e sangue em sentidos contrários. O sangue que deixa as lamelas branquiais contém o máximo de oxigênio (O2) e o mínimo de gás carbônico (CO2).
      Os peixes dipnóicos (pulmonados) se utilizam da bexiga natatória como pulmão, o que lhes permite resistir a curtos períodos de seca, permanecendo enterrados no lodo (lama).

      ESQUEMA DE COMO FUNCIONA A RESPIRAÇÃO BRANQUIAL

      ESQUEMA DA RESPIRAÇÃO BRANQUIAL NOS PEIXES ÓSSEOS (OSTEICHTHYES)

      ESQUEMA DA RESPIRAÇÃO NOS PEIXES CARTILAGINOSOS (CHONDRICHTHYES)
        

      Respiração Pulmonar (Pulmões)

      A respiração pulmonar é o processo pelo qual o ar entra nos pulmões e sai logo em seguida, em um processo conhecido por ventilação pulmonar. É um acontecimento repetitivo que envolve todo o conjunto de órgãos do sistema respiratório.
      Esses movimentos repetitivos se manifestam em dois grandes momentos:

      • Inspiração - Quando ocorre a entrada de ar nos pulmões, caracterizando-se pela contração do diafragma e dos músculos intercostais.
      • Expiração - Quando ocorre a saída de ar nos pulmões, caracterizando-se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais.
      Durante a inspiração e expiração, o ar passa por diversos e diferentes estruturas que fazem parte do aparelho respiratório:
      • Nariz - normalmente, é o primeiro lugar por onde passa o ar durante a inspiração, embora ele também possa passar pela boca.
      • Faringe - comum aos sistemas digestório e circulatório, é um canal que faz comunicação entre a boca e as fossas nasais.
      • Laringe - situado na parte superior do pescoço, é um tubo sustentado por peças de cartilagens articuladas.
      • Traqueia - é um tubo cartilaginoso que liga as vias respiratórias superiores às inferiores.
      • Brônquio - ramificam-se para os pulmões e direcionam o ar para os alvéolos.
      Nos mamíferos os pulmões são grandes e ramificados internamente e formam pequenas bolsas: os alvéolos.

      Gases importantes para a respiração: gás carbônico (CO2) e oxigênio (O2).   

      No sangue venoso, a concentração de gás carbônico é maior do que a da água ou a do ar em contato com a superfície respiratória, ocorrendo o inverso com o oxigênio. Desse modo, há difusão de (CO2) para a água ou para o ar e entrada de (O2) no sangue. O sangue venoso passa então, a sangue arterial e a este processo recebe o nome de Hematose.
      Entretanto nas aves, os pulmões são pequenos, compactos, não alvelares e deles partem os sacos aéreos. Os sacos aéreos atingem todas as regiões importantes do corpo, havendo inclusive vias que partem desses sacos e penetram no esqueleto (ossos pneumáticos).
      Os répteis também apresentam pulmões alveolares, porém menos complexos que os dos mamíferos, os alvéolos reptilianos ampliam a área de superfície das trocas gasosas.

      ESQUEMA DA RESPIRAÇÃO PULMONAR E SUAS ESTRUTURAS  ACESSÓRIAS