segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CRESCIMENTO DE UMA PLANTA

PASSO A PASSO O CRESCIMENTO DESDE A SEMENTE ATÉ A PLANTA



Da esquerda para a direita:



  1. SEMENTE (Embrião)
  2. SEMENTE GERMINANDO (Embrião em desenvolvimento)
  3. PLÂNTULA DICOTILEDÔNEA
  4. PLÂNTULA DICOTILEDÔNEA (surgimento de algumas raízes)
  5. PLÂNTULA (surgimento de mais folhas e ramificações de raízes)
  6. PLANTA (com raízes, pequeno caule, porém rígido e o surgimento de muitas folhas)
Observe que os estágios 4, 5 e 6 a estrutura da planta não perde a haste (no meio do caule). Porque será que isso acontece???

terça-feira, 6 de novembro de 2012

RESTINGA

RESTINGA
ECOSSISTEMA ANEXO DA FLORESTA ATLÂNTICA
                         
A restinga é uma planície arenosa costeira, de origem marinha,  incluindo a praia, cordões arenosos, depressões entre cordões, dunas e margem de lagunas, com vegetação adaptada às condições ambientais.


VEGETAÇÃO DE RESTINGA

Sobre a restinga é possível se encontrar a vegetação de restinga que é um conjunto das comunidades vegetais fisionomicamente distintas, sob influência marinha e fluvio-marinha que ocorrem distribuídas em mosaicos e em áreas de grande diversidade ecológica, sendo consideradas comunidades edáficas por dependerem mais da natureza do substrato que do clima. A cobertura vegetal nas restingas pode ser encontrada em praias e dunas, sobre cordões arenosos e associados a depressões.
Na restinga os estágios sucessionais diferem das formações ombrófilas e estacionais, ocorrendo notadamente de forma mais lenta, em função do substrato que não favorece o estabelicimento inicial da vegetação, principalmente por dissecação e ausência de nutrientes.
O corte da vegetação ocasiona uma reposição lenta, geralmente de porte e diversidade menores, onde algumas espécies passam a predominar.
Os diferentes tipos de vegetação ocorrentes nas restingas brasileiras variam desde formações herbáceas, passando por formações arbustivas, abertas ou fechadas, chegando a florestas cujo dossel varia em altura, geralmente não ultrapassando os 20 metros.
São em geral caracterizada por comunidade com pouca riqueza, quando comparada a outras comunidades vegetais, sendo protegidas por lei devido à sua fragilidade.


PERFIL ESQUEMÁTICO DA RESTINGA

ZONAS ÚMIDAS 

Em muitas áreas de restinga no Brasil, especialmente no sul e sudeste, ocorrem períodos mais ou menos prolongados de inundação do solo, fator que tem grande influência na distribuição de algumas formações vegetacionais. A periodicidade com que ocorre o encharcamento e a sua respectiva duração são decorrentes principalmente da topografia do terreno, da profundidade do lençol freático e da proximidade de corpo d'água (rios ou lagos) produzindo em muitos casos um mosaico de formações inundáveis e não inundáveis, com fisionomias variadas, o que até certo ponto justifica o nome de "complexo" empregado para designar as restingas.



FORMAÇÕES HERBÁCEAS

As formações herbáceas ocorrem principalmente nas faixas de praia e ante-dunas, em locais que eventualmente podem ser atingidos pelas marés mais altas, ou então em depressões alagáveis. Nas zonas de praia, dunas frontais e dunas mais próximas ao mar, predominam espécies herbáceas, em alguns casos com pequenos arbustos e árvores, que ocorrem tanto de forma isolada e pouco expressiva, como formando agrupamentos mais densos, com variações nas suas respectivas fisionomias, composições e graus de cobertura. A vegetação das praias e dunas tem ocorrência praticamente ao longo de toda a costa do Brasil. Todavia a sua exata circunscrição e os termos empregados para designa-la variam muito. As pressões antrópicas no sentido de ocupação e urbanização da zona costeira já suprimiram muitas áreas representativas desta formação em vários pontos do litoral brasileiro.


VEGETAÇÃO DE PRAIA E DUNAS FRONTAIS


FORMAÇÕES ARBUSTIVAS

As formações arbustivas das planícies litorâneas, que para muitos autores constituem a restinga propriamente dita são os tipos vegetacionais que mais chamam a atenção no litoral brasileiro, tanto pelo seu aspecto peculiar, com fisionomia variando desde densos emaranhados de arbustos junto a trepadeiras, bromélias, terrícolas e cactáceas, até a moitas com extensão e alturas variáveis, intercaladas por áreas abertas que em muitos locais expõem diretamente a areia, principal constituinte do substrato nestas formações. Os termos "serub" "thicket" "escrube" e "fruticeto" já foramz empregados para designar comunidades e/ou formações desta natureza, notadamente na região litorânea.


VEGETAÇÃO HERBÁCEA E ARBUSTIVA ESPARSA (ABERTA) SOBRE CAMPO DE DUNAS



FORMAÇÕES FLORESTAIS 

As formações vegetais que ocorrem na planície litorânea brasileira variam bastante ao longo da costa, sendo essas variações geralmente atribuídas a influências das formações vegetacionais adjacentes e às características do substrato, principalmente sua origem, composição e condições de drenagem.
Estas florestas variam desde formações com altura do estrato superior a partir de 5 metros, em geral livres de inundações periódicas decorrentes da ascenção do lençol freático durante os períodos mais chuvosos, até formações mais desenvolvidas, com alturas em torno de 15 a 20 metros, muitas vezes associados a solos hidromórficos e/ou orgânicos.  
Estes dois tipos de florestas geralmente acompanham as variações topográficas decorrentes da justaposição dos cordões litorâneos, ao menos onde tais feições são bem definidas. em locais situados mais para o interior da planície costeira, geralmente em terrenos mais deprimidos onde tais alinhamentos não são claramente definidos e os solos são saturados hidricamente e tem uma espessa camada orgânica superficial, ocorrem florestas mais desenvolvidas semelhantes florística e estruturalmente àquelas situadas nas depressões entre os cordões.


VEGETAÇÃO ARBUSTIVA - ARBÓREA DENSA


FAUNA DE RESTINGA

A fauna ocorrente nas restingas do Brasil está relativamente menos estudada quando comparada com os conhecimentos que acumulam-se sobre a composição e estrutura dos seus diferentes tipos vegetacionais. Dentre os estudos tratando de grupos de animais invertebrados, podem ser mencionados os realizados com os artrópodos, notadamente com diferentes grupos de insetos, estes constituindo a maioria dos relatos encontrados.
A fauna de vertebrados ocorrente nas restingas brasileiras, também é relativamente pouco pesquisada, com destaque para os trabalhos realizados no litoral do Rio de Janeiro, principalmente com pequenos mamíferos e répteis.


REFERÊNCIAS

Resolução CONAMA número 303 de 20/03/2002
Diagnóstico das Restingas do Brasil por Sandro M. Silva 
http://www.light.com.br/institutolight/cursos/Aula%204%20-%20Ecossistemas/Restinga_Rio_1.pdf                                                                                                                                                                       

FAUNA DO MANGUEZAL

As florestas de mangue atraíram a atenção dos antigos naturalistas (biólogos), por serem florestas que crescem nas águas rasas do mar.
Devido a várias propriedades de estrutura e funcionamento, este ecossistema ocupou as áreas costeiras protegidas dos oceanos e mares tropicais. Tipicamente o manguezal (mangue) se encontra na zona entre marés.
O Brasil tem uma das maiores extensões de manguezais do mundo: desde o Cabo Orange no Amapá até o município de Laguna em Santa Catarina. Atualmente o manguezal ocupa uma superfície total de mais de 10.000 Km2 e a grande maioria na costa norte.
O estado de São Paulo tem mais de 240 Km2 de manguezal. No passado a extensão dos manguezais brasileiros era muito maior.
Muitos portos, indústrias, loteamentos e rodovias costeiras foram desenvolvidas em áreas de manguezal.
Ao contrário de outras florestas, os manguezais não são muito ricos em espécies, entretanto destacam-se pela grande abundância das populações que neles vivem. Por isso podem ser considerados um dos mais produtivos ambientes naturais do Brasil.
Somente três árvores constituem as florestas de mangue:

  • Mangue vermelho
  • Mangue seriba
  • Mangue branco

As árvores são acompanhadas por um pequeno número de outras plantas, tais como a samambaia do mangue, o hibisco e a gramínea spartina. Ricas comunidades de algas crescem sobre as raízes aéreas das árvores, na faixa coberta pela maré e troncos permanentemente expostos e a copa das árvores são pobres em plantas epífitas.
Quanto a fauna destacam-se as várias espécies de caranguejos, formando várias populações nos fundos lodosos (lôdo). Nos troncos submersos, vários animais filtradores, tais como as ostras alimentando-se de partículas suspensas na água. A maioria dos caranguejos são ativos na maré baixa, enquanto que os moluscos alimentam-se durante a maré alta. Uma grande variedade de peixes penetram nos manguezais na maré alta. Muitos dos peixes que constituem o estoque pesqueiro das águas costeiras dependem das fontes alimentares do manguezal pelo menos na fase jovem. Diversas espécies de aves comedoras de peixes e de invertebrados marinhos nidificam nas árvores do manguezal, alimentando-se especialmente na maré baixa, quando os fundos lodosos estão expostos.
Os manguezais fornecem uma rica alimentação proteica para a população litorânea: a pesca artesanal de peixes, camarões, caranguejos e moluscos, é para os moradores ribeirinhos do litoral a principal fonte de subsistência.
O manguezal sempre foi considerado um ambiente pouco atrativo e menosprezado, embora sua importância econômica e social seja muito grande. No passado estas manifestações de aversão eram justificadas, pois a presença do mangue estava intimamente associada à febre amarela e à malária. Embora estas enfermidades tenham sido controladas, a atitude negativa em relação a este ecossistema perdura em expressões populares onde a palavra mangue, infelizmente adquiriu sinônimo de desordem, sujeira ou local suspeito.
A destruição gratuita, a poluição doméstica e química das águas, derramamentos de petróleo e aterros mal planejados são os grandes inimigos do manguezal.


ECOSSISTEMA MANGUEZAL (MANGUE)

ESQUEMA DO ECOSSISTEMA MANGUEZAL

1) Gramínea
2) Barba de Velho
3) Líquen Incrustante
4) Mangue Vermelho ou Bravo
5) Mangue Sériba ou Seriúba
6) Mangue Branco
7) Hibisco
8) Samambaia do Mangue 
9) Garça Cinzenta 
10) Garça Branca Grande
11) Guará  
12) Saracura do Mangue
13) Guaiamu
14) Caranguejo Uçá
15) Aratu   
16) Siri Azul
17) Chama Maré
18) Cupinzeiro
19) Ostra do Mangue


ESPÉCIES DE CARANGUEJOS DO MANGUE










Adaptado do pôster: O Manguezal e a sua Fauna
Série Ecossistemas Brasileiros
Por: Sérgio de Almeida Rodrigues      

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ECOSSISTEMA DE COSTÃO ROCHOSO

Costão Rochoso é o nome dado ao ambiente costeiro formado por rochas situado na transição entre os meios terrestre e aquático. É considerado muito mais uma extensão do ambiente marinho, que do terrestre, uma vez que a maioria dos organismos que o habitam, estão relacionados ao mar.


COSTÃO ROCHOSO



 No Brasil as rochas tem origem vulcânica e são estruturadas de diversas maneiras. É um ambiente extremamente heterogênio: pode ser formado por padrões verticais bastante uniforme, que estendem-se muitos metros acima e abaixo da superfície da água (a exemplo disso temos a Ilha de trindade) ou por matações de rochas fragmentadas de pequena inclinação (a exemplo disso temos a Costa de Ubatuba em São Paulo - Brasil).
No Brasil pode-se encontrar costões rochosos por quase toda a costa. Seu limite de ocorrência ao Sul se dá em Torres no Rio Grande do Sul, e ao Norte na Baía de São Marcos no Maranhão, sendo que a maior concentração deste ambiente está na região Sudeste, onde a costa é bastante recortada.
A partir da observação da fisiografia da costa do Brasil, pode-se estabelecer uma relação entre a ocorrência de costões rochosos e a proximidade das serras em relação ao Oceano Atlântico.