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Após estudar um fóssil encontrado no nordeste da China, o qual data do período Cretáceo inferior (aproximadamente 5 milhões de anos), uma equipe internacional de paleontólogos argumentou que as aves modernas desenvolveram padrões de voo muito mais cedo do que se pensava. a espécie chamada de Hongshanornis longicresta, teve 90% de seu esqueleto preservado, além de uma grande quantidade de detalhe sobre as asas, e a cauda, permitindo que os pesquisadores pudessem realizar a análise da aerodinâmica e deduzir como era o seu provável voo.
Segundo o estudo publicado na revista de acesso livre Peerj o estilo de voo do Hongshanornis longicresta é muito parecido com ao das aves modernas e como já se imaginava que seria o dos primeiros vertebrados voadores, deslizando através do ar e evitando o bater rápido e contínuo das asas devido à falta de massa muscular suficiente.
Além disso o tamanho e a forma da amostra encontrada são comparáveis aos das aves modernas. "Parecia um estorninho ou um rouxinol com uma cauda maior" diz uma nota publicada na imprensa pela Universidade do sul da Califórnia (EUA). "Um observador casual não iria ver nada de especial nesta ave, ao menos que percebesse as garras localizadas na extremidade das asas e os pequenos dentes no bico".
O elevado grau de conservação de H. longicresta também permitiu aos pesquisadores extrair informações etológicas importantes sobre as aves primitivas. "Além de preservar o esqueleto e plumagem praticamente completos, a peça tem mais de 10 gastrólitos em seu estômago, pequenas pedras, cuja principal função é facilitar a moagem de alimentos no trato digestivo, as quais fornecem novas informações sobre as preferências alimentares e sobre o comportamento dessas aves", disse Jesus marugán, pesquisador da Unidade de Paleontologia da Universidade Autônoma de Madrid e signatário do estudo.
Na pesquisa além da Universidade do Sul da Califórnia, participaram o Museu de História Natural em Dalian (China), o Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleontropologia (China) a Academia Chinesa de Ciências Geológicas e o Museu de História Natural de Pequim.
Fonte: Agência SINC
Referência Bibliográfica e Fotos: PEERJ
FOTOS DETALHADAS DO FÓSSIL
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Figura 1: Fotografia de DNHM D2945.
As setas vermelhas e brancas apontam para a extensão máxima das penas primárias e secundárias da asa. |
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Figura 2: Desenho Interpretativo de DNHM D2945.
Abreviaturas: CE, vértebras cervicais; colegas, coracóide; fe, fêmur; fi, fíbula; fu, fúrcula; gl, gastrólitos; hu, úmero; il, ílio, mc, metacarpos, MT, metatarsos; PT, tarsos proximais; pu, pubis; ra, raio; rb, costelas; re, retrizes; sc, escápula; sy, synsacrum; ti, tíbia; ul, ulna; I-IV, dígitos (manual ou pedal) I-IV. Os números em baixo-relevo (close-up de aglomerado gastrolith) referem-se aqueles na Tabela 2. |
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Figura 3: Fotografia de DNHM D2946.
As setas vermelhas e brancas apontam para a extensão máxima das penas primárias e secundárias da asa. |
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Figura 4: Desenho Interpretativo de DNHM D2946.
Abreviaturas: CE, vértebras cervicais; colegas, coracóide; fe, fêmur; fi, fíbula; fu, fúrcula; gl, gastrólitos; hu, úmero; il, ílio, mc, metacarpos, MT, metatarsos; pu, púbis; ra, raio , rb, costelas; re, retrizes; sc, escápula; st esterno; sy, synsacrum; ti, tíbia; ul, ulna; I-IV, dígitos (manual ou pedal) I-IV. Os números em baixo-relevo (close up de aglomerado gastrolith) referem-se àqueles em
tabela 2 |
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Figura 5:
Feche acima da fotografia do crânio de DNHM D2945 em vista lateral direita e detalhes (no detalhe) da parte central de sua maxila. |
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Figura 6: Fotografia (A) e desenho interpretativo (B) da cinta torácica e séries vertebral, costelas e úmeros de DNHM D2946.
Abreviações: co, coracóide; fu, fúrcula; hu, úmero; lt, trabecular lateral; ra, raio; rb, costelas; sc, escápula; sp, processo supracondiliana; st, esterno, acima, o processo uncinado. |
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Figura 7:
Fotografia do manus esquerda DNHM D2945 / 6 em ventral (A; DNHM D2945) e dorsal (B; DNHM D2946) visualizações.
Abreviaturas: mc I-III, metacarpos I-III; p1-I, uma falange (proximal) do dígito I (dígito alular); p2-I, falange 2 (ungueal) de dígitos I (dígito alular); p1-II, falange 1 (proximal) do dígito II (major dígitos); p2-II, falange 2 (intermediário) de dígitos II (major dígitos); P3-II, falange 3 (ungueal) do dígito II (major dígitos); p1-III , falange 1 (proximal) do dígito III (menor dígito); p2-III, falange de 2 dígitos III (menor dígito); ra, raio; sl, carpal semilunate; ul, ulna.
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Figura 8:
Feche acima da fotografia do joelho direito (vista medial) e sínfise púbica (vista laterocaudal esquerda) de DNHM D2946.
Observe o detalhe das gastroliths. Abreviaturas: fe, fêmur, fíbula, fi; gl, gastroliths, PU, púbis; ti, tíbia. (l) e (r) refere-se ao púbis esquerdo e direito, respectivamente.
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Figura 9:
Feche acima da fotografia do joelho esquerdo (vista lateral) de DNHM D2946.
Abreviações: cn, crista cnemial; fc, côndilo fibular; fe, fêmur; fi, fíbula; ld, faceta articular lateral de tíbia; MD, faceta articular medial da tíbia; ti, tíbia. |
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Figura 10:
Feche acima da fotografia dos pés e retrizes de DNHM D2945.
Abreviações: mt, metatarsos; Re, retrizes; I-IV, dígitos I-IV. |
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. Figura 11: Desenho Interpretativo do contorno das asas e cauda de penas de DNHM D2945 / 6 (ver figuras fig. 1 e 3 para a extensão máxima das primárias e secundárias.).
Os parâmetros aerodinâmicos utilizados neste estudo foram obtidos a partir desta reconstrução (ver Materiais e Métodos). |