Assim como o coração das aves, o coração dos mamíferos apresenta quatro cavidades. A circulação dos mamíferos é fechada, dupla e completa, sem que haja mistura de sangue venoso com arterial. A eficiência na circulação do sangue favorece a homeotermia corporal.
Tal como as aves, os mamíferos são endotérmicos ou homeotérmicos, o que lhes permite permanecer ativos mesmo a temperaturas muito elevadas ou muito baixas. Este fato justifica a sua larga distribuição em todos os tipos de habitats, mais vasta que qualquer outro animal (exceto as aves).
Nas aves é a existência de um coração totalmente dividido em quatro cavidades: dois ventrículos e dois átrios. Não ocorre mistura de sangues. A metade direita (átrio e ventrículos direitos) trabalha exclusivamente com sangue pobre em oxigênio, encaminhando-se aos pulmões para oxigenação. A metade esquerda trabalha apenas com o sangue rico em oxigênio. O ventrículo de parede musculosa, bombeia o sangue para a artéria aorta. Assim, a todo momento, os tecidos recebem sangue ricamente oxigenado, o que garante a manutenção constantes de altas taxas metabólicas. Esse fato, associado aos mecanismos de regulação térmica, favorece a sobrevivência em qualquer tipo de ambiente. A circulação é dupla e completa.
O sistema respiratório também contribui para a manutenção da homeotermia. Embora os pulmões sejam pequenos, existem sacos aéreos, ramificações pulmonares membranosas que penetram por entre algumas víceras e mesmo no interior de cavidades de ossos longos.
a movimentação constante de ar dos pulmões permite um suprimento renovado de oxigênio para os tecidos, o que contribuiu para a manutenção de elevadas taxas metabólicas.
CIRCULAÇÃO DOS RÉPTEIS
Como nos anfíbios, o coração dos répteis apresenta três cavidades: um átrio ou aurículas e um ventrículo. O coração dos répteis crocodilianos apresenta quatro cavidades; dois átrios e dois ventrículos (como o das aves e dos mamíferos). No entanto, mesmo nos crocodilianos observa-se mistura dos dois tipos de sangue (venoso e arterial) que passam pelo coração, embora em proporção menor do que nos anfíbios.
Assim, podemos considerar a circulação dos répteis dupla e incompleta. Em função disso, os animais desse grupo são pecilodérmicos, isto é, adapta a temperatura do corpo a temperatura do ambiente.
No ambiente terrestre, as variações de temperaturas são maiores do que no ambiente aquático. Para manter a temperatura do corpo próximo a do ambiente, os répteis costumam recorrer a fontes externas de calor, como o sol ou a superfície quente de uma rocha. é comum ver répteis expostos ao sol durante o dia. O termo "lagartear" é empregado as pessoas que preguiçosamente se deitam ao sol, a maneira dos lagartos. O termo usado em Zoologia para os répteis que ficam expostos ao sol durante um determinado tempo do dia chama-se Termorregulação.
Quando os répteis sentem-se muito aquecidos, geralmente procuram locais de sombra. Com esse comportamento mantêm a temperatura do corpo praticamente constante em torno dos 37 graus.
Muitas espécies de cobras e lagartos são úteis ao ser humano, pois caçam roedores e outros animais que prejudicam a agricultura e causam doenças ao homem. Entre as cobras porém, há espécies cujo veneno pode ser letal, causando a morte de um grande número de pessoas.
No Brasil, as cobras venenosas podem ser reconhecidas geralmente, pela presença de um pequeno orifício situado entre a narina e a boca: a Fosseta Loreal, um órgão sensorial sensível ao calor. Com ele estas cobras detectam a presença de animais de "sangue quente" (aves e mamíferos), suas presas preferidas. a fosseta loreal está ausente na coral verdadeira, apesar de ser venenosa.
CIRCULAÇÃO DOS ANFÍBIOS
O sistema circulatório dos anfíbios é fechado, dupla e incompleta, porque no coração há mistura parcial de sangue. H´[a mistura parcial porque as duas aurículas não se contraem ao mesmo tempo. O sangue venoso é o primeiro a ser bombeado.
Comecemos com o trajeto do sangue venoso vindo dos diferentes órgãos do anfíbio.
Este segue para a aurícula direita e é impulsionado pelo único ventrículo para o cone arterial que tem uma prega helicoidal que o encaminha para uma artéria pulmonar e depois para os pulmões.
Depois, o sangue oxigenado, vindo dos pulmões, chega a aurícula esquerda pelas veias pulmonares e é impulsionado pelo ventrículo para os diferentes órgãos através da aorta.
CIRCULAÇÃO DOS PEIXES
O sistema circulatório dos peixes é essencialmente um sistema simples, em que o sangue não oxigenado passa pelo coração. Daí ele é bombeado para as brânquias, oxigenado e então, distribuído para o corpo.
O coração possui quatro câmaras, mas somente duas delas (átrio e ventrículo) correspondem às quatro câmaras (átrios pares e ventrículos pares) dos vertebrados superiores. A primeira câmara do coração de um peixe, ou câmara receptora, é chamado de seio venoso. Tem uma parede fina como a câmara seguinte, o átrio, para qual o sangue passa. Do átrio, o sangue passa para o ventrículo que tem paredes espessas, e é bombeado para fora, passando do cone arterioso para a aorta ventral. O sangue da aorta ventral vai para a região branquial para ser oxigenado, passando pelos vasos branquiais aferentes, depois disso sai das brânquias.
Através das alças coletoras eferentes e vai para a aorta dorsal. O sistema venoso é constituído pela veia cardinal comum, que entra no seio venoso de cada lado do corpo do peixe, sendo constituída pela fusão das cardinais anteriores e posteriores. O sangue da cabeça é coletado pelas cardinais anteriores e o sangue dos rins e das gônadas é coletado pelas cardinais posteriores. As veias abdominais laterais pares, que recebem o sangue da parede do corpo e dos apêndices pares, também entram nas veias cardinais comuns.
TERMOS BIO-CIRCULATÓRIOS
SANGUE ARTERIAL - é o sangue rico em oxigênio.
SANGUE VENOSO - é o sangue rico em gás carbônico.
ARTÉRIA - são vasos sanguíneos que carregam sangue a partir dos ventrículos do coração para todas as partes do corpo.
VEIA - é um vaso sanguíneo que leva sangue em direção ao coração.
AORTA - é o nome dado à maior e mais importante artéria do sistema circulatório do corpo humano, e dela se derivam todas as outras artérias do organismo.
ÁTRIO DIREITO OU AURÍCULA DIREITA - é a cavidade do coração que recebe o sangue venoso (pobre em oxigênio), proveniente da veia cava inferior e a veia cava superior. Deságua no ventrículo direito, de quem é separada pela valva tricúspide. No átrio direito encontram-se duas estruturas importantíssima para o automatismo cardíaco: o nó sinusal e o nodo atrioventricular. O nó sinusal situa-se próximo à desembocadura da veia cava superior, enquanto que o nodo (AV) está próximo da valva tricúspide.
ÁTRIO ESQUERDO OU AURÍCULA ESQUERDA - é a cavidade do coração que recebe o sangue arterial (rico em oxigênio) proveniente das veias pulmonares. Deságua no ventrículo esquerdo, do qual é separado pela valva mitral.
VENTRÍCULO DIREITO - é a cavidade do coração responsável pelo bombeamento do sangue na circulação pulmonar. Recebe o sangue venoso do átrio direito. Deságua no tronco da artéria pulmonar, de quem é separado pela valva pulmonar.
VENTRÍCULO ESQUERDO - do coração humano, fica abaixo do átrio esquerdo. Entre eles fica a valva mitral, somente com duas cúspides. No ventrículo esquerdo existem também as cordas tendíneas e os músculos papilares. Deságua na aorta, de quem é separado pela valva aórtica.
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