sábado, 21 de julho de 2012

CRÂNIO E DENTIÇÃO DOS OFÍDIOS

ÁGLIFA

ÁGLIFA - (a = ausência + glyphé = sulco). Não possuem presas. São dentes pequenos e maciços, típico de serpentes não peçonhentas, pois não possuem canais inoculadores de veneno. Podemos encontrar no Brasil esse tipo de dentição presente na Jiboia, Caninana, Sucuri, Píton entre outras.

OPISTÓGLIFA

OPISTÓGLIFA - (opisthos = atrás + glyphé = sulco). Tipo de dentição presente em serpentes não peçonhentas, cujos dentes são totalmente maciços, possuindo ao fundo da boca dentes maiores que possuem uma ligação não com a glândula de veneno e sim com a "Glândula de Duvernoi" e sua função é secretar uma solução enzimática (semelhante a saliva) para auxiliar a digestão. No Brasil podemos encontrar essa dentição nas Falsa Coral, Cobra Verde, Cobra Cipó entre outras.

PROTERÓGLIFA

PROTERÓGLIFA - (protero = dianteiro + glyphé = sulco). Possuem presas anteriores sulcadas, como agulhas de injeção, em maxilares imóveis. Os dentes sulcados são maiores e curvados, o que os diferencia dos dentes maciços. Elas na verdade mordem e permanecem pressionando fortemente os maxilares para que o veneno flua e seja injetado. No Brasil as serpentes que possuem essa dentição são do gênero Micrurus (Corais).

SOLENÓGLIFA

SOLENÓGLIFA - (soleno = canal + glyphé = sulco). Possuem presas anteriores ocas dotadas de um canal central por onde passa o veneno, semelhantes a agulha de injeção. Estando em um maxilar bem móvel, permitindo ao dente anterior deslocar-se para frente quando a serpente abre a boca. Este dente é retraído quando a serpente volta à sua posição normal.
As serpentes deste grupo são aquelas, cujo veneno, evolutivamente, tornou-se mais potente daí o desenvolvimento de seu mecanismo de inoculação.
As serpentes solenóglifas dão um bote certeiro na presa, inoculam o veneno e esperam que esta morra, mesmo se a "vítima" conseguir se locomover, a serpente a localiza com o auxílio de suas "Fossetas Loreais". Ao localizar a presa, começa a engoli-la, geralmente pela cabeça.
No Brasil, possuem esse tipo de dentição as serpentes do gênero Bothrops (Jararaca, Urutu, Cotiaras entre outras), do gênero Crotalus (Cascavel, Maracabóia, Boicininga) e do gênero Lachesis (Surucucu, Pico de Jaca).

FOSSETA LOREAL - É um órgão presente nas serpentes da subfamília Crotalinae, família Viperidae, capaz de detectar calor de forma endotérmica. Estes animais possuem um par de fossetas loreais, localizadas entre as narinas e os olhos. As fossetas loreais são conectadas diretamente ao encéfalo da serpente, e são usadas para detectar presas, cuja temperatura é maior que a do ambiente circundante.

APRECIE - PRESERVE - SALVE


TREVINHO