segunda-feira, 30 de abril de 2012

CLADO E CLADOGRAMA


CLADO

Em cladística, um clado ou clade (do grego klados = ramo) são grupos de organismos originados de um único ancestral comum.
Em biologia se chama clado cada um dos ramos da árvore filogenética. Por conseguinte um clado é um grupo de espécies com um ancestral comum.
Qualquer grupo assim considerado é um grupo monofilético de organismos, e podem ser modelados em um cladograma: um diagrama dos organismos em forma de árvore.
O clado forma parte de uma hipótese científica de modelo relacional evolucionário entre os organismos incluídos na análise. Um clado particular pode ser sustentado ou não diante de uma análise subsequente usando um conjunto diferente de dados ou de um modelo distinto de evolução.
Se um clado se mostra robusto em distintas análises cladísticas, usando diferentes conjuntos de dados, pode ser adotado em uma taxonomia e se tornar um táxon. contudo um táxon não é necessariamente  um clado. Os répteis por exemplo são um grupo parafilético, porque não incluem aves, as quais possuem um ancestral comum com os répteis. A tendência entretanto é reorganizar os táxons para formar clados.
Charles Darwin mostrou, entre outras coisas, que a evolução vem acompanhada de divergência, de maneira que dadas duas espécies, ambas derivarão de um antepassado comum mais ou menos remoto no tempo. Desde então a taxonomia evolutiva surge como um ideal da classificação biológica de agrupar as espécies por seu grau de parentesco, aproximando as que tem um ancestral comum mais próximo. O estudo do parentesco, análise filogenética ou análise cladística, se realiza agora com ferramentas muito eficazes, como a comparação direta de sequências genéticas. As árvores filogenéticas resumem o que se sabe da história evolutiva e se chamam clados os seus ramos.

CLADOGRAMA MOSTRANDO DOIS CLADOS: AZUL E VERMELHO. OS RAMOS VERDES NÃO REPRESENTAM UM CLADO, POIS OS RAMOS EM AZUL TAMBÉM DESCENDEM DALI


CLADOGRAMA


Um cladograma é um diagrama usado em cladística que mostra as relações ancestrais entre organismos, para representar a árvore da vida evolutiva.
Apesar de terem sido tradicionalmente obtidas principalmente na base de caracteres morfológicos, sequências de DNA e RNA e filogenética computacional, são agora normalmente usados para gerar cladogramas.
As relações evolutivas entre os seres vivos são representadas por diagramas denominados cladogramas (clado = ramo) em que se destacam os pontos onde ocorrem os eventos cladogenéticos e se considera a anagênese como processo que origina as novidades evolutivas.


  • Anagênese: processo pela qual um caráter surge ou se modifica numa população, ao longo do tempo, sendo responsável pelas novidades evolutivas.

  • Cladogênese: processo responsável pela ruptura da coesão inicial numa população, gerando duas ou mais populações que não mais se comunicam.
Partes que compõem um cladograma: raiz, ramos, nós e terminais. Os grupos de seres vivos compõem os terminais nos cladogramas. Os ramos são as linhas do cladograma. Nó é o ponto de onde partem as ramificações. Representa o ancestral comum hipotético para todos os grupos acima dele. Os grupos acima de cada nó são monofiléticos. Cada nó simboliza um evento cladogenético.



ALGUNS EXEMPLOS DE CLADOGRAMAS







ENTENDENDO UM CLADOGRAMA

Abaixo temos um cladograma dos vertebrados que os relaciona de acordo com as características que os organismos deste grupo compartilham:



Em um cladograma, a BASE representa um ANCESTRAL comum COMPARTILHADO por todos os vertebrados, como no exemplo acima, e os RAMOS (CLADOS), os DESCENDENTES. Ao lado do cladograma pode ser inserido uma escala do tempo geológico, facilitando assim a visualização do PERÍODO em que o grupo surgiu e, consequentimente, há quantos mil/milhões/bilhões de anos se deu este surgimento.

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