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segunda-feira, 26 de maio de 2014

OSSOS DO PASSADO

Ossos do maior dinossauro já descoberto são encontrados na Argentina.

         

Ossos fossilizados de um dinossauro que cientistas acreditam ser a maior criatura que já andou sobre a Terra foram desenterrados na Argentina.

Depois de medir o comprimento e a circunferência do fêmur (osso da coxa), do animal os cientistas estimam que o dinossauro tinha 40 metros de comprimento e 20 metros de altura.


Com 77 toneladas o animal, seria tão pesado quanto 14 elefantes africanos e teria 7 toneladas a mais do que o dinossauro recordista anterior, o Argentinossaurus, também encontrado na Argentina (Patagônia).


Os cientistas acreditam que esta é uma nova espécie de Titanossauro - enormes herbívoros que datam do período Cretáceo.




O tropeço

A foto mostra o achado dos paleontólogos que acharam cerca de 150 ossos


Um trabalhador agrícola do local tropeçou sobre seus restos no deserto próximo a La Flecha, a cerca de 250 quilômetros a oeste de Trelew na Patagônia.
Os fósseis foram escavados em seguida por uma equipe do Museu de Paleontologia Egídio Feruglio, liderada por José Luís Carballido e Diego Pol.
Eles desenterraram os esqueletos parciais de 7 dinossauros - cerca de 150 ossos no total, todos em condições notáveis.
Uma equipe de filmagem de História Natural da BBC captou em vídeo o momento em que os cientistas perceberam exatamente o quão grande era a sua descoberta.

"Dado o tamanho desses ossos, o novo dinossauro é o maior animal conhecido que andou na Terra" disseram os pesquisadores à BBC News.
Com o seu pescoço esticado, ele tinha cerca de 20 metros de altura - o equivalente a um edifício de 7 andares, acrescentaram.


Há milhões de anos

Tamanho do osso com relação a um humano

Este herbívoro gigante viveu na florestas da Patagônia entre 95 e 100 milhões de anos atrás, acreditam os cientistas com base na idade das rochas em que foram encontrados os ossos. Entretanto, apesar de sua magnitude ele ainda não tem um nome. "Ele terá um nome que descreva sua magnificência e em homenagem à região e aos proprietários rurais que nos alertaram sobre a descoberta" disseram os pesquisadores.
Houve muitos candidatos anteriores ao título de "maior dinossauro do mundo", o mais recente foi o Argentinosaurus, um tipo similar de saurópode.
Originalmente pensou-se que ele pesava 100 toneladas, mais tarde, porém, a estimativa foi revisada para cerca de 70 toneladas.


Estimativa

Comparação do osso (fêmur) com um homem

É complicado estimar o peso dos dinossauros, há mais de uma técnica e em geral, os cálculos são baseados em esqueletos incompletos.
O peso do Argentinossaurus foi estimado somente a partir de alguns ossos, mas, no caso da nova descoberta, os pesquisadores tinham dezenas de ossos, com os quais trabalhar, tornando mais confiável a sua estimativa.
Paul Barrett, especialista do Museu de História Natural de Londres, concorda que a nova espécie é realmente uma grande criatura, porém ele advertiu que é difícil ter certeza sobre o seu tamanho, pois as estimativas são feitas com informações incompletas.

domingo, 25 de maio de 2014

EXPEDIÇÃO ARARIPE (Colecionando Fósseis)

           



Desenho esquemático das formações da Bacia Sedimentar do Araripe

Esquema mostra rochas da Bacia Sedimentar do Araripe de idade:
Cenozóica, Mesozóica e Paleozóica


Líbélula fóssil, procedente  do Membro Crato - Formação Santana

Insetos fósseis procedente do Membro Crato - Formação Santana

Cladociclus, peixe fóssil do Membro Crato - Formação Santana

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

UM VOO DO PASSADO

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Após estudar um fóssil encontrado no nordeste da China, o qual data do período Cretáceo inferior (aproximadamente 5 milhões de anos), uma equipe internacional de paleontólogos argumentou que as aves modernas desenvolveram padrões de voo muito mais cedo do que se pensava. a espécie chamada de Hongshanornis longicresta, teve 90% de seu esqueleto preservado, além de uma grande quantidade de detalhe sobre as asas, e a cauda, permitindo que os pesquisadores pudessem realizar a análise da aerodinâmica e deduzir como era o seu provável voo.
Segundo o estudo publicado na revista de acesso livre Peerj o estilo de voo do Hongshanornis longicresta é muito parecido com ao das aves modernas  e como já se imaginava que seria o dos primeiros vertebrados voadores, deslizando através do ar e evitando o bater rápido e contínuo das asas devido à falta de massa muscular suficiente.
Além disso o tamanho e a forma da amostra encontrada são comparáveis aos das aves modernas. "Parecia um estorninho ou um rouxinol com uma cauda maior" diz uma nota publicada na imprensa pela Universidade do sul da Califórnia (EUA). "Um observador casual não iria ver nada de especial nesta ave, ao menos que percebesse as garras localizadas na extremidade das asas e os pequenos dentes no bico".
O elevado grau de conservação de H. longicresta também permitiu aos pesquisadores extrair informações etológicas importantes sobre as aves primitivas. "Além de preservar o esqueleto e plumagem praticamente completos, a peça tem mais de 10 gastrólitos em seu estômago, pequenas pedras, cuja principal função é facilitar a moagem de alimentos no trato digestivo, as quais fornecem novas informações sobre as preferências alimentares e sobre o comportamento dessas aves", disse Jesus marugán, pesquisador da Unidade de Paleontologia da Universidade Autônoma de Madrid e signatário do estudo.
Na pesquisa além da Universidade do Sul da Califórnia, participaram o Museu de História Natural em Dalian (China), o Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleontropologia (China) a Academia Chinesa de Ciências Geológicas e o Museu de História Natural de Pequim.

Fonte: Agência SINC
Referência Bibliográfica e Fotos: PEERJ


FOTOS DETALHADAS DO FÓSSIL
                                                           
Figura 1: Fotografia de DNHM D2945. 

As setas vermelhas e brancas apontam para a extensão máxima das penas primárias e secundárias da asa.

Figura 2: Desenho Interpretativo de DNHM D2945. 

Abreviaturas: CE, vértebras cervicais; colegas, coracóide; fe, fêmur; fi, fíbula; fu, fúrcula; gl, gastrólitos; hu, úmero; il, ílio, mc, metacarpos, MT, metatarsos; PT, tarsos proximais; pu, pubis; ra, raio; rb, costelas; re, retrizes; sc, escápula; sy, synsacrum; ti, tíbia; ul, ulna; I-IV, dígitos (manual ou pedal) I-IV. Os números em baixo-relevo (close-up de aglomerado gastrolith) referem-se aqueles na Tabela 2.

Figura 3: Fotografia de DNHM D2946. 

As setas vermelhas e brancas apontam para a extensão máxima das penas primárias e secundárias da asa.

Figura 4: Desenho Interpretativo de DNHM D2946. 

Abreviaturas: CE, vértebras cervicais; colegas, coracóide; fe, fêmur; fi, fíbula; fu, fúrcula; gl, gastrólitos; hu, úmero; il, ílio, mc, metacarpos, MT, metatarsos; pu, púbis; ra, raio , rb, costelas; re, retrizes; sc, escápula; st esterno; sy, synsacrum; ti, tíbia; ul, ulna; I-IV, dígitos (manual ou pedal) I-IV. Os números em baixo-relevo (close up de aglomerado gastrolith) referem-se àqueles em 
tabela 2

Figura 5: 
Feche acima da fotografia do crânio de DNHM D2945 em vista lateral direita e detalhes (no detalhe) da parte central de sua maxila.

Figura 6: Fotografia (A) e desenho interpretativo (B) da cinta torácica e séries vertebral, costelas e úmeros de DNHM D2946.
Abreviações: co, coracóide; fu, fúrcula; hu, úmero; lt, trabecular lateral; ra, raio; rb, costelas; sc, escápula; sp, processo supracondiliana; st, esterno, acima, o processo uncinado.

Figura 7: 
Fotografia do manus esquerda DNHM D2945 / 6 em ventral (A; DNHM D2945) e dorsal (B; DNHM D2946) visualizações. 
Abreviaturas: mc I-III, metacarpos I-III; p1-I, uma falange (proximal) do dígito I (dígito alular); p2-I, falange 2 (ungueal) de dígitos I (dígito alular); p1-II, falange 1 (proximal) do dígito II (major dígitos); p2-II, falange 2 (intermediário) de dígitos II (major dígitos); P3-II, falange 3 (ungueal) do dígito II (major dígitos); p1-III , falange 1 (proximal) do dígito III (menor dígito); p2-III, falange de 2 dígitos III (menor dígito); ra, raio; sl, carpal semilunate; ul, ulna.


Figura 8: 
Feche acima da fotografia do joelho direito (vista medial) e sínfise púbica (vista laterocaudal esquerda) de DNHM D2946.
 Observe o detalhe das gastroliths. Abreviaturas: fe, fêmur, fíbula, fi; gl, gastroliths, PU, ​​púbis; ti, tíbia. (l) e (r) refere-se ao púbis esquerdo e direito, respectivamente.


Figura 9: 
Feche acima da fotografia do joelho esquerdo (vista lateral) de DNHM D2946. 

Abreviações: cn, crista cnemial; fc, côndilo fibular; fe, fêmur; fi, fíbula; ld, faceta articular lateral de tíbia; MD, faceta articular medial da tíbia; ti, tíbia.

Figura 10: 
Feche acima da fotografia dos pés e retrizes de DNHM D2945. 

Abreviações: mt, metatarsos; Re, retrizes; I-IV, dígitos I-IV.


. Figura 11: Desenho Interpretativo do contorno das asas e cauda de penas de DNHM D2945 / 6 (ver figuras fig. 1 e 3 para a extensão máxima das primárias e secundárias.).
Os parâmetros aerodinâmicos utilizados neste estudo foram obtidos a partir desta reconstrução (ver Materiais e Métodos).