Respiração é o processo fisiológico pela qual os organismos vivos inalam oxigênio (O2) do meio circundante e liberam dióxido de carbono (CO2).
A seguir veremos os vários tipos de respiração entre os grupos de seres vivos.
Respiração Celular (Célula)
A respiração celular é um fenômeno que consiste basicamente no processo de extração de energia química acumuladas nas moléculas de substâncias orgânicas.
Nesse processo, verifica-se a oxidação de compostos orgânicos de alto teor energético, como carboidratos e lipídios, para que possa ocorrer as diversas formas de trabalho celular.
A organela responsável por essa respiração é a mitocôndria em paralelo com o aparelho ou complexo golgiense.
Ela pode ser de dois tipos:
- Respiração anaeróbica (sem a utilização do oxigênio também chamada de fermentação.
- Respiração aeróbica (com a utilização do oxigênio)
C6H12O + 6O2 - > 6CO2 + 6H2O + energia (ATP)
ESTRUTURAS DE UMA MITOCÔNDRIA |
Respiração Traqueal (Traqueia)
Muitos artrópodes tem como sistema respiratório, um complexo de túbulos chamados de traquéias, que abrindo para o exterior, levam o ar até os órgãos onde circula a hemolinfa (sangue dos insetos) permitindo assim as trocas gasosas.
As filotraquéias ou pulmões foliáceos são estruturas exclusivas dos aracnídeos existindo sempre aos pares.
Cada pulmão foliáceo é uma invaginação (reentrância) da parede abdominal ventral, formando uma bolsa onde várias lamelas paralelas (lembrando as folhas de um livro entreaberto), altamente vascularizadas, realizam as trocas gasosas diretamente com o ar que entra por uma abertura do exoesqueleto.
Em outras palavras, as traqueias formam um sistema de tubos aéreos, revestidos por quitina, que conduzem o ar diretamente aos tecidos do corpo. O fluxo do ar é regulado pela abertura e pelo fechamento de poros especiais situados no exoesqueleto denominados de estigmas.
Este tipo de respiração existem em:
- Insetos (gafanhoto, besouro, formiga etc)
- Aracnídeos (aranha, escorpião, carrapato etc)
- Miriápodes (lacraia e gongolo)
Respiração Cutânea (Pele)
Os animais de respiração cutânea, como os batráquios (anfíbios) ou as minhocas (anelídeos), precisam ter o tegumento (epiderme ou pele) constantemente umedecido, uma vez que o oxigênio (O2) e o dióxido de carbono (CO2) só atravessam membranas quando dissolvidos.
Portanto, esses organismos só podem viver em ambientes aquáticos ou em ambientes terrestres muito úmidos. Entre as células que formam a sua epiderme, há algumas especializadas na produção de muco. Esse muco espalha-se sobre o tegumento, mantendo-o úmido e possibilitando as trocas gasosas.
ESQUEMA DA RESPIRAÇÃO CUTÂNEA NA MINHOCA |
Respiração Branquial (Branquias)
A respiração branquial é diferente dos outros tipos de respiração, porque o oxigênio encontra-se dissolvido na água.
Os peixes não fazem movimento de inspiração (inspirar) e expiração (expirar) como os animais pulmonados.
Ocorre um fluxo constante e unidirecional de água que penetra pela boca, atinge os órgãos respiratórios e sai imediatamente pelo opérculo.
A cada filamento chega uma artéria com sangue venoso que se ramifica pelas lamelas branquiais. Nesse local o sangue é oxigenado e deixa a estrutura por uma veia.
As trocas gasosas entre o sangue e a água são facilitadas pela presença de um sistema contracorrente: fluxo de água e sangue em sentidos contrários. O sangue que deixa as lamelas branquiais contém o máximo de oxigênio (O2) e o mínimo de gás carbônico (CO2).
Os peixes dipnóicos (pulmonados) se utilizam da bexiga natatória como pulmão, o que lhes permite resistir a curtos períodos de seca, permanecendo enterrados no lodo (lama).
ESQUEMA DE COMO FUNCIONA A RESPIRAÇÃO BRANQUIAL |
ESQUEMA DA RESPIRAÇÃO BRANQUIAL NOS PEIXES ÓSSEOS (OSTEICHTHYES) |
ESQUEMA DA RESPIRAÇÃO NOS PEIXES CARTILAGINOSOS (CHONDRICHTHYES) |
Respiração Pulmonar (Pulmões)
A respiração pulmonar é o processo pelo qual o ar entra nos pulmões e sai logo em seguida, em um processo conhecido por ventilação pulmonar. É um acontecimento repetitivo que envolve todo o conjunto de órgãos do sistema respiratório.
Esses movimentos repetitivos se manifestam em dois grandes momentos:
- Inspiração - Quando ocorre a entrada de ar nos pulmões, caracterizando-se pela contração do diafragma e dos músculos intercostais.
- Expiração - Quando ocorre a saída de ar nos pulmões, caracterizando-se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais.
- Nariz - normalmente, é o primeiro lugar por onde passa o ar durante a inspiração, embora ele também possa passar pela boca.
- Faringe - comum aos sistemas digestório e circulatório, é um canal que faz comunicação entre a boca e as fossas nasais.
- Laringe - situado na parte superior do pescoço, é um tubo sustentado por peças de cartilagens articuladas.
- Traqueia - é um tubo cartilaginoso que liga as vias respiratórias superiores às inferiores.
- Brônquio - ramificam-se para os pulmões e direcionam o ar para os alvéolos.
Gases importantes para a respiração: gás carbônico (CO2) e oxigênio (O2).
No sangue venoso, a concentração de gás carbônico é maior do que a da água ou a do ar em contato com a superfície respiratória, ocorrendo o inverso com o oxigênio. Desse modo, há difusão de (CO2) para a água ou para o ar e entrada de (O2) no sangue. O sangue venoso passa então, a sangue arterial e a este processo recebe o nome de Hematose.
Entretanto nas aves, os pulmões são pequenos, compactos, não alvelares e deles partem os sacos aéreos. Os sacos aéreos atingem todas as regiões importantes do corpo, havendo inclusive vias que partem desses sacos e penetram no esqueleto (ossos pneumáticos).
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