domingo, 14 de outubro de 2012

TIPOS DE RESPIRAÇÃO



Respiração é o processo fisiológico pela qual os organismos vivos inalam oxigênio (O2) do meio circundante e liberam dióxido de carbono (CO2).
A seguir veremos os vários tipos de respiração entre os grupos de seres vivos.



Respiração Celular (Célula)

A respiração celular é um fenômeno que consiste basicamente no processo de extração de energia química acumuladas nas moléculas de substâncias orgânicas.
Nesse processo, verifica-se a oxidação de compostos orgânicos de alto teor energético, como carboidratos e lipídios, para que possa ocorrer as diversas formas de trabalho celular.
A organela responsável por essa respiração é a mitocôndria em paralelo com o aparelho ou complexo golgiense.

Ela pode ser de dois tipos:


  • Respiração anaeróbica (sem a utilização do oxigênio também chamada de fermentação.
  • Respiração aeróbica (com a utilização do oxigênio)


    Nos organismos aeróbicos, a equação é simplificada da respiração celular e pode ser assim representada:

    C6H12O + 6O2 - > 6CO2 + 6H2O + energia (ATP)


    ESTRUTURAS DE UMA MITOCÔNDRIA



    Respiração Traqueal (Traqueia)

    Muitos artrópodes tem como sistema respiratório, um complexo de túbulos chamados de traquéias, que abrindo para o exterior, levam o ar até os órgãos onde circula a hemolinfa (sangue dos insetos) permitindo assim as trocas gasosas.
    As filotraquéias ou pulmões foliáceos são estruturas exclusivas dos aracnídeos existindo sempre aos pares.
    Cada pulmão foliáceo é uma invaginação (reentrância) da parede abdominal ventral, formando uma bolsa onde várias lamelas paralelas (lembrando as folhas de um livro entreaberto), altamente vascularizadas, realizam as trocas gasosas diretamente com o ar que entra por uma abertura do exoesqueleto.
    Em outras palavras, as traqueias formam um sistema de tubos aéreos, revestidos por quitina, que conduzem o ar diretamente aos tecidos do corpo. O fluxo do ar é regulado pela abertura e pelo fechamento de poros especiais situados no exoesqueleto denominados de estigmas.
    Este tipo de respiração existem em:


    • Insetos (gafanhoto, besouro, formiga etc)
    • Aracnídeos (aranha, escorpião, carrapato etc)
    • Miriápodes (lacraia e gongolo)


    ESQUEMA DA RESPIRAÇÃO TRAQUEAL NO GAFANHOTO
                                                     
       
    Respiração Cutânea (Pele)

    Os animais de respiração cutânea, como os batráquios (anfíbios) ou as minhocas (anelídeos), precisam ter o tegumento (epiderme ou pele) constantemente umedecido, uma vez que o oxigênio (O2) e o dióxido de carbono (CO2) só atravessam membranas quando dissolvidos.
    Portanto, esses organismos só podem viver em ambientes aquáticos ou em ambientes terrestres muito úmidos. Entre as células que formam a sua epiderme, há algumas especializadas na produção de muco. Esse muco espalha-se sobre o tegumento, mantendo-o úmido e possibilitando as trocas gasosas.


    ESQUEMA DA RESPIRAÇÃO CUTÂNEA NA MINHOCA
                                                    

    Respiração Branquial (Branquias)

    A respiração branquial é diferente dos outros tipos de respiração, porque o oxigênio encontra-se dissolvido na água. 
    Os peixes não fazem movimento de inspiração (inspirar) e expiração (expirar) como os animais pulmonados.
    Ocorre um fluxo constante e unidirecional de água que penetra pela boca, atinge os órgãos respiratórios e sai imediatamente pelo opérculo.
    A cada filamento chega uma artéria com sangue venoso que se ramifica pelas lamelas branquiais. Nesse local o sangue é oxigenado e deixa a estrutura por uma veia.
    As trocas gasosas entre o sangue e a água são facilitadas pela presença de um sistema contracorrente: fluxo de água e sangue em sentidos contrários. O sangue que deixa as lamelas branquiais contém o máximo de oxigênio (O2) e o mínimo de gás carbônico (CO2).
    Os peixes dipnóicos (pulmonados) se utilizam da bexiga natatória como pulmão, o que lhes permite resistir a curtos períodos de seca, permanecendo enterrados no lodo (lama).

    ESQUEMA DE COMO FUNCIONA A RESPIRAÇÃO BRANQUIAL

    ESQUEMA DA RESPIRAÇÃO BRANQUIAL NOS PEIXES ÓSSEOS (OSTEICHTHYES)

    ESQUEMA DA RESPIRAÇÃO NOS PEIXES CARTILAGINOSOS (CHONDRICHTHYES)
      

    Respiração Pulmonar (Pulmões)

    A respiração pulmonar é o processo pelo qual o ar entra nos pulmões e sai logo em seguida, em um processo conhecido por ventilação pulmonar. É um acontecimento repetitivo que envolve todo o conjunto de órgãos do sistema respiratório.
    Esses movimentos repetitivos se manifestam em dois grandes momentos:

    • Inspiração - Quando ocorre a entrada de ar nos pulmões, caracterizando-se pela contração do diafragma e dos músculos intercostais.
    • Expiração - Quando ocorre a saída de ar nos pulmões, caracterizando-se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais.
    Durante a inspiração e expiração, o ar passa por diversos e diferentes estruturas que fazem parte do aparelho respiratório:
    • Nariz - normalmente, é o primeiro lugar por onde passa o ar durante a inspiração, embora ele também possa passar pela boca.
    • Faringe - comum aos sistemas digestório e circulatório, é um canal que faz comunicação entre a boca e as fossas nasais.
    • Laringe - situado na parte superior do pescoço, é um tubo sustentado por peças de cartilagens articuladas.
    • Traqueia - é um tubo cartilaginoso que liga as vias respiratórias superiores às inferiores.
    • Brônquio - ramificam-se para os pulmões e direcionam o ar para os alvéolos.
    Nos mamíferos os pulmões são grandes e ramificados internamente e formam pequenas bolsas: os alvéolos.

    Gases importantes para a respiração: gás carbônico (CO2) e oxigênio (O2).   

    No sangue venoso, a concentração de gás carbônico é maior do que a da água ou a do ar em contato com a superfície respiratória, ocorrendo o inverso com o oxigênio. Desse modo, há difusão de (CO2) para a água ou para o ar e entrada de (O2) no sangue. O sangue venoso passa então, a sangue arterial e a este processo recebe o nome de Hematose.
    Entretanto nas aves, os pulmões são pequenos, compactos, não alvelares e deles partem os sacos aéreos. Os sacos aéreos atingem todas as regiões importantes do corpo, havendo inclusive vias que partem desses sacos e penetram no esqueleto (ossos pneumáticos).
    Os répteis também apresentam pulmões alveolares, porém menos complexos que os dos mamíferos, os alvéolos reptilianos ampliam a área de superfície das trocas gasosas.

    ESQUEMA DA RESPIRAÇÃO PULMONAR E SUAS ESTRUTURAS  ACESSÓRIAS

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