terça-feira, 6 de novembro de 2012

RESTINGA

RESTINGA
ECOSSISTEMA ANEXO DA FLORESTA ATLÂNTICA
                         
A restinga é uma planície arenosa costeira, de origem marinha,  incluindo a praia, cordões arenosos, depressões entre cordões, dunas e margem de lagunas, com vegetação adaptada às condições ambientais.


VEGETAÇÃO DE RESTINGA

Sobre a restinga é possível se encontrar a vegetação de restinga que é um conjunto das comunidades vegetais fisionomicamente distintas, sob influência marinha e fluvio-marinha que ocorrem distribuídas em mosaicos e em áreas de grande diversidade ecológica, sendo consideradas comunidades edáficas por dependerem mais da natureza do substrato que do clima. A cobertura vegetal nas restingas pode ser encontrada em praias e dunas, sobre cordões arenosos e associados a depressões.
Na restinga os estágios sucessionais diferem das formações ombrófilas e estacionais, ocorrendo notadamente de forma mais lenta, em função do substrato que não favorece o estabelicimento inicial da vegetação, principalmente por dissecação e ausência de nutrientes.
O corte da vegetação ocasiona uma reposição lenta, geralmente de porte e diversidade menores, onde algumas espécies passam a predominar.
Os diferentes tipos de vegetação ocorrentes nas restingas brasileiras variam desde formações herbáceas, passando por formações arbustivas, abertas ou fechadas, chegando a florestas cujo dossel varia em altura, geralmente não ultrapassando os 20 metros.
São em geral caracterizada por comunidade com pouca riqueza, quando comparada a outras comunidades vegetais, sendo protegidas por lei devido à sua fragilidade.


PERFIL ESQUEMÁTICO DA RESTINGA

ZONAS ÚMIDAS 

Em muitas áreas de restinga no Brasil, especialmente no sul e sudeste, ocorrem períodos mais ou menos prolongados de inundação do solo, fator que tem grande influência na distribuição de algumas formações vegetacionais. A periodicidade com que ocorre o encharcamento e a sua respectiva duração são decorrentes principalmente da topografia do terreno, da profundidade do lençol freático e da proximidade de corpo d'água (rios ou lagos) produzindo em muitos casos um mosaico de formações inundáveis e não inundáveis, com fisionomias variadas, o que até certo ponto justifica o nome de "complexo" empregado para designar as restingas.



FORMAÇÕES HERBÁCEAS

As formações herbáceas ocorrem principalmente nas faixas de praia e ante-dunas, em locais que eventualmente podem ser atingidos pelas marés mais altas, ou então em depressões alagáveis. Nas zonas de praia, dunas frontais e dunas mais próximas ao mar, predominam espécies herbáceas, em alguns casos com pequenos arbustos e árvores, que ocorrem tanto de forma isolada e pouco expressiva, como formando agrupamentos mais densos, com variações nas suas respectivas fisionomias, composições e graus de cobertura. A vegetação das praias e dunas tem ocorrência praticamente ao longo de toda a costa do Brasil. Todavia a sua exata circunscrição e os termos empregados para designa-la variam muito. As pressões antrópicas no sentido de ocupação e urbanização da zona costeira já suprimiram muitas áreas representativas desta formação em vários pontos do litoral brasileiro.


VEGETAÇÃO DE PRAIA E DUNAS FRONTAIS


FORMAÇÕES ARBUSTIVAS

As formações arbustivas das planícies litorâneas, que para muitos autores constituem a restinga propriamente dita são os tipos vegetacionais que mais chamam a atenção no litoral brasileiro, tanto pelo seu aspecto peculiar, com fisionomia variando desde densos emaranhados de arbustos junto a trepadeiras, bromélias, terrícolas e cactáceas, até a moitas com extensão e alturas variáveis, intercaladas por áreas abertas que em muitos locais expõem diretamente a areia, principal constituinte do substrato nestas formações. Os termos "serub" "thicket" "escrube" e "fruticeto" já foramz empregados para designar comunidades e/ou formações desta natureza, notadamente na região litorânea.


VEGETAÇÃO HERBÁCEA E ARBUSTIVA ESPARSA (ABERTA) SOBRE CAMPO DE DUNAS



FORMAÇÕES FLORESTAIS 

As formações vegetais que ocorrem na planície litorânea brasileira variam bastante ao longo da costa, sendo essas variações geralmente atribuídas a influências das formações vegetacionais adjacentes e às características do substrato, principalmente sua origem, composição e condições de drenagem.
Estas florestas variam desde formações com altura do estrato superior a partir de 5 metros, em geral livres de inundações periódicas decorrentes da ascenção do lençol freático durante os períodos mais chuvosos, até formações mais desenvolvidas, com alturas em torno de 15 a 20 metros, muitas vezes associados a solos hidromórficos e/ou orgânicos.  
Estes dois tipos de florestas geralmente acompanham as variações topográficas decorrentes da justaposição dos cordões litorâneos, ao menos onde tais feições são bem definidas. em locais situados mais para o interior da planície costeira, geralmente em terrenos mais deprimidos onde tais alinhamentos não são claramente definidos e os solos são saturados hidricamente e tem uma espessa camada orgânica superficial, ocorrem florestas mais desenvolvidas semelhantes florística e estruturalmente àquelas situadas nas depressões entre os cordões.


VEGETAÇÃO ARBUSTIVA - ARBÓREA DENSA


FAUNA DE RESTINGA

A fauna ocorrente nas restingas do Brasil está relativamente menos estudada quando comparada com os conhecimentos que acumulam-se sobre a composição e estrutura dos seus diferentes tipos vegetacionais. Dentre os estudos tratando de grupos de animais invertebrados, podem ser mencionados os realizados com os artrópodos, notadamente com diferentes grupos de insetos, estes constituindo a maioria dos relatos encontrados.
A fauna de vertebrados ocorrente nas restingas brasileiras, também é relativamente pouco pesquisada, com destaque para os trabalhos realizados no litoral do Rio de Janeiro, principalmente com pequenos mamíferos e répteis.


REFERÊNCIAS

Resolução CONAMA número 303 de 20/03/2002
Diagnóstico das Restingas do Brasil por Sandro M. Silva 
http://www.light.com.br/institutolight/cursos/Aula%204%20-%20Ecossistemas/Restinga_Rio_1.pdf                                                                                                                                                                       

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